Zeus e sua família. Deus da Grécia antiga Zeus - como era o deus do trovão, o mito do nascimento de Zeus

O Deus da Grécia Antiga, Zeus, é conhecido por nós como o principal deus do Olimpo, governando o mundo inteiro, o céu, trovões e relâmpagos. O Deus da Grécia Antiga, Zeus, está associado à rocha real, ao destino. Isso se justifica pelo fato de as pessoas serem protegidas por ele: pedindo e orando. Zeus obedecia não apenas a súditos, mas também a reis e outros deuses.

Deus grego antigo Zeus

O deus grego distinguiu entre o bem e o mal, apresentou às pessoas os conceitos de vergonha e consciência. Zeus, o deus supremo do Olimpo, tinha três irmãos com quem dividia o poder. A localização do deus era o Monte Olimpo, porque o patriarcado de Zeus era chamado de Olímpico. O poder do patrono não satisfez os outros deuses, pois tentaram derrubá-lo do trono. Eles falharam em realizar um golpe de estado, portanto todos os infratores foram punidos.

Como é o deus Zeus?

O Deus da Grécia Antiga, Zeus era o pai de todas as pessoas e deuses, e a mitologia romana o identificava com Júpiter. Graças a Zeus, a Grécia tinha uma ordem social estabelecida. A descrição tradicional do deus Zeus é a imagem de um homem maduro com um rosto nobre, cachos grossos brancos como a neve, barba e um forte e poderoso acampamento, fortes braços esguios. Artistas posteriores retratam Deus em uma enorme variedade de disfarces, entre os quais Zeus aparece como um enganador de mulheres, um personagem em casos de amor.

O que Zeus patrocinava?

O terceiro filho de Cronos era diferente do resto dos deuses. Ele não era apenas um líder justo, honesto e decente, mas também responsável pelo bem-estar de toda a população. As principais tarefas de Zeus eram:

• proteger a vida da cidade;
• prevenir a desordem e o caos;
• direcionar a vida na direção certa;
• proteja todos os ofendidos;
• proteger o lar da família;
• monitorar a implementação das leis e a observância dos costumes.

Esta não é a lista completa do que Zeus foi responsável. O antigo deus grego do céu e do trovão era capaz de resolver qualquer problema urgente, acalmar e pacificar todos que precisassem de ajuda em determinado momento de sua vida. Graças ao seu "poder" todos tinham a certeza de que a justiça sempre prevaleceria. A energia do deus se espalhou por todo o Olimpo e se encantou com sua pureza.

Atributos do deus Zeus

Cada atributo dava força a Zeus, o Trovão, e era parte integrante da imagem geral. A principal associação com Zeus é o raio, que está nas mãos do patrono e serve como arma material. No entanto, isso não é todos os atributos de Deus.

1. O primeiro e um dos principais símbolos de poder é a águia, que está associada a Zeus.
2. O escudo de Zeus é um símbolo de raiva e fúria.
3. Carruagem puxada por águias.
4. Cetro.
5. Martelo ou labrys.

família zeus

Zeus pertence à geração dos titãs. Seu pai Cronos sabia mesmo antes do nascimento que seu próprio filho derrubaria o poder de seu pai, então ele engoliu todos os bebês nascidos de Rhea. Conforme evidenciado pelo mito do nascimento de Zeus, sua mãe enganou Cronos e deu à luz um bebê, escondendo-o. É impossível saber o local exato de nascimento da criança, mas a ilha de Creta é considerada a líder entre todas as versões. Para que o esperto Cronos não percebesse o nascimento do filho, teve que engolir uma pedra na fralda. O nascido Zeus riu por uma semana - depois disso, o número 7 passou a ser considerado sagrado.

A versão cretense do mito insiste que Zeus foi criado pelos curetes e coribantes, alimentado com leite de cabra e comeu mel de abelha. É difícil considerar esta informação como a única verdadeira. Outra versão da lenda diz que o menino alimentado com leite de cabra era guardado por guardas a cada minuto. Nos casos em que a criança chorava, os guardas batiam suas lanças nos escudos para enganar a audição de Cronos.

O deus adulto criou uma poção com a qual libertou seus irmãos de Cronos. Irmãos poderosos começaram uma briga com o pai, que durou 9 anos. Depois de um tempo, não foi possível determinar o vencedor. Mas, o experiente Zeus, o Trovão, encontrou uma saída, libertando os Ciclopes e os Cem-braços. Eles ajudaram a derrubar o titã e derrubá-lo. Depois de uma luta prolongada, os três irmãos finalmente assumiram o controle da ilha.

pai de zeus

De acordo com a mitologia grega antiga, Cronos era a divindade suprema. Outra versão insiste que Cronos, o deus dos titãs, o pai de Zeus era o deus da agricultura, foi identificado com Cronos. O reinado de Cronos é considerado a idade de ouro na Grécia. O principal atributo de Cronos é a foice. Cronos era o deus supremo e, devido à antiguidade, tornou-se rei.

Mãe de Zeus

A mãe do deus Zeus Rhea era considerada a deusa da terra, era uma Titanide e filha de Gaia e Urano. Reia era a mãe de Héstia - a deusa da lareira, Deméter - a deusa da fertilidade - a deusa das famílias, Hades, Poseidon, Zeus. Reia foi lembrada pela mitologia como uma titanida valente e corajosa que foi capaz de ir contra a vontade de seu marido ao dar à luz secretamente uma criança. Rhea possuía o poder de cura, que lhe foi útil para salvar a vida de Dionísio.

esposa de Zeus

De acordo com alguns mitos, Zeus era muito apegado a Tétis, ele queria se separar de sua esposa por causa dela. O único obstáculo para isso era a profecia. Zeus seduziu os escolhidos, assumindo várias formas: cisne, touro, cobra, chuva, formiga, pássaro, besouro. Zeus não se distinguia pela constância e teve muitas esposas e amantes, entre elas:

• Metis é a única esposa de Zeus que foi engolida;
• Têmis;
• Gera - última esposa Deus
• Deméter;
• O ser;
• Ftia;
• Aitos;
• Ganimedes.
• Calliroy.

Filho de Zeus

Zeus contribuiu para o nascimento dos filhos mais fortes, que marcaram a história da mitologia grega antiga. Mas, filhos fortes e corajosos se opõem às filhas gentis, inteligentes e prolíficas de Zeus. Os filhos de Zeus foram:

• Eros, deus do amor nascido em Afrodite;
• o deus da luta, Ares;
• o deus ardente Hefesto, que patrocinava a ferraria;
• Hermes, patrono do comércio;
• o bebê com chifres Sabazius;
• o deus do vinho Dionísio;
• Apolo é filho de Zeus, o deus da luz, da música, da arte médica.
• Egipto;
• patrono do rebanho Pan;
• Karpos.

Filhas de Deus Zeus

Zeus é o pai da maioria das deusas conhecidas no mundo. Com base em seu número, foi feita uma divisão em grupos de acordo com as tarefas realizadas.

1. 9 Musas de Zeus lideradas por Euterpe, Thalia, Melpomene, Terpsichore, Erato, Polyhymnia, Urania e Calliope. As deusas eram responsáveis ​​pela ciência, poesia, arte.
2. Caridade, responsável pela diversão, alegria de viver e prazer.
3. Moira, incluindo Cloto, Atropos, Lachesis - foram responsáveis.
4. Orami controlava as estações.
5. Erinyes cometeu atos de vingança e rebelião.
6. As musas mais velhas incluem Telksiope, Aeda, Arch e Melet.

grego deus Zeus era o senhor da terra e da masmorra, julgava os mortos. O belo e forte Zeus realizou boas ações e feitos reais em nome do bem comum. Zeus não é apenas um verdadeiro deus supremo, patrono e líder, ele era um símbolo de amor fraterno, inteligência e lógica. Desde tenra idade, Zeus diferia de seus pares em sua sede de viver, lutar por justiça e vencer. O lendário titã era um verdadeiro lutador e construtor da ordem geral.

O futuro pai de Zeus Kronos, ou não - Kronos, era uma criança difícil quando criança. Ele começou com o fato de ter castrado seu próprio pai Urano com uma foice. É verdade que ele fez isso por instigação de sua mãe, Gaia, exausta pela incansável fertilidade de seu marido. Uma medida tão radical surtiu efeito e, desde então, os titãs, aos quais Kron pertencia, tornaram-se senhores absolutos do cosmos.

crianças difíceis

Deve-se notar que Urano geralmente não teve sorte com a prole. No início, monstros terríveis nasceram de seu casamento com Gaia, o que aterrorizou seus pais. Entre eles estavam monstros como hecatônquiros de cem braços e cinquenta cabeças e gigantes de um olho só - ciclopes. Falaremos sobre esses e outros mais tarde, eles ainda vão mostrar do que são capazes. Urano estava tão apavorado com sua força e poder cada vez maiores que considerou bom amarrar seus filhos e jogá-los no Tártaro. Então as coisas ficaram ainda piores. Nasceram sete irmãs titânicas e seis irmãos titãs, entre os quais o mais novo era o futuro pai de Zeus e Hades - Cronus.

A infeliz Gaia, derramando lágrimas por seus filhos de cem braços definhando no subsolo, decidiu se vingar de Urano e para isso preparou uma revolta de titãs e titânides. Eles, seguindo a vontade de sua mãe, atacaram traiçoeiramente seu pai. A única exceção foi um deles, chamado Ocean. Um papel especial foi atribuído a Kron. Gaia deu a ele uma foice feita de algum material particularmente durável (talvez até mesmo um diamante) e com ela privou seu pai de outras oportunidades de gerar filhos. Aliás, os historiadores dizem que isso era bastante consistente com os costumes do mundo antigo - era costume cortar os órgãos genitais dos inimigos e salvá-los como troféu. Tendo cumprido as instruções de sua mãe, Kronus reinou no mundo.

Tempos graciosos de Hellas

De acordo com o testemunho do primeiro poeta historicamente confiável da Grécia antiga, Hesíodo, o período em que o futuro pai de Zeus governou o mundo foi o momento mais feliz, como toda a história mitológica não conheceu. Segundo ele, as pessoas eram como deuses e não conheciam dor, nem tristeza, nem trabalho diário. Como não precisava trabalhar, mas ainda queria me ocupar com alguma coisa, os filhos Grécia antiga divididos em poetas, pintores e escultores. Assim, a era fértil deu à humanidade inúmeras obras-primas de arte.

Comedor dos próprios filhos

Tendo ocupado um lugar no trono, o futuro pai do deus Zeus Kronos pensou nos herdeiros de seu poder e se casou. Como esposa, ele tomou sua própria irmã - a titanide Rhea, mas esse casamento dificilmente pode ser chamado de feliz, e de forma alguma porque ele era consanguíneo - na mitologia isso é uma coisa comum. Sua mãe Gaia, uma mulher sábia e perspicaz, avisou que um de seus futuros filhos faria com ele o mesmo que fez com seu pai Urano: se ele não castrasse, certamente o privaria do poder. Nada poderia ser pior para Kron, e ele pensou muito sobre como ajudar o luto.

Talvez um governante moderno tivesse escolhido um caminho diferente, mas os deuses antigos tinham suas próprias ideias sobre o que era certo e o que era errado. Kron não pensou por muito tempo, mas simplesmente devorou ​​​​todos os bebês que Rhea produziu em abundância. "Ó tempos, ó maneiras!" - assim exclamará o filósofo romano Cícero depois de muitos séculos. Mas o que é Cronus para algum tipo de romano, o principal é a força do poder do estado, e para alcançá-lo todos os caminhos são bons.

O pai de Zeus é enganado pela própria esposa

Mas apenas um homem, além disso, cego pelo brilho da glória, poderia argumentar assim. Sua esposa não aprovava tais opiniões e, um dia, tendo sido mais uma vez aliviada do fardo, decidiu salvar seu filho. Em vez de outra vítima, ela deu a Krona uma pedra embrulhada em fraldas. Ou o medo gerado pela previsão da mãe acabou sendo tão grande, ou o governante do mundo já era muito indiscriminado na comida, mas apenas engoliu esse paralelepípedo como um pão doce e se acalmou.

Enquanto isso, Rhea, interiormente triunfante, escondeu seu bebê em uma caverna na ilha de Creta, onde o criou, apesar de todos os enganos de seu marido. Ela chamou seu filho de Zeus e confiou sua proteção aos Kurets - criaturas terríveis, demoníacas, mas completamente domesticadas. Hesíodo, já citado na história, conta que abafavam os choros e choros do bebê com seu rugido, o que ajudava a manter em segredo o local onde ele estava escondido. Sob seus cuidados vigilantes, o jovem Zeus cresceu poderoso, bonito e extremamente inteligente. Afetado, aparentemente, hereditariedade e educação.

O truque da esposa do jovem Zeus

Tendo atingido a idade adequada, o jovem casou-se com a bela Métis. Devo dizer que sua escolhida era desde o nascimento propensa a todo tipo de intrigas e queria muito ajudar o marido a alcançar o poder supremo. Nessa época, Cronos - o pai de Zeus - governava sem suspeitar de nada e tinha absoluta certeza de sua total segurança. Foi dessa ilusão dele que Metis se aproveitou.

Ela conseguiu uma bebida milagrosa, que Zeus secretamente deu a seu pai para beber. Não era um veneno banal, era algo excepcional. Tendo provado, o sanguinário pai de Zeus de repente sentiu náuseas e, para grande alegria dos que o cercavam, vomitou de si todos os seus ex-filhos, engolidos por ele durante todo o tempo de seu casamento. Desnecessário dizer que eles estavam vivos, saudáveis ​​e cheios de força... A história preservou seus nomes: Poseidon, Hades, Hera, Deméter e Héstia.

Guerra dos Dez Anos

Os irmãos e irmãs libertados de forma tão milagrosa, liderados por Zeus, declararam guerra aos titãs - seus parentes, nascidos de Gaia e Urano antes que este último fosse castrado. Visto que o pai de Zeus, Cronos, era o irmão mais novo, conclui-se que eles próprios eram tios e tias dos rebeldes resgatados. Havia seis titãs e seis titanídeos. A guerra com eles durou dez anos e continuou com sucesso variável.

Zeus tinha uma arma secreta - os ciclopes, que ele tirou das profundezas sombrias do Tártaro por ocasião da guerra. Essas ferozes criaturas de um olho só lutaram com fúria e desespero, mas não conseguiram vencer aqueles que o pai de Zeus colocou contra eles. Testemunhas desta batalha falam de terríveis relâmpagos que caíram do céu sobre os titãs, e de trovões que sacudiram a terra, mas tudo foi em vão. E aqui veio a tão esperada virada no decorrer da batalha.

Quando os titãs estavam prontos para comemorar a vitória, as criaturas de cem braços da hecatoncheira surgiram repentinamente das entranhas da terra, que Zeus salvou lá no caso mais extremo. Além de cem braços, cada um deles tinha outras cinquenta cabeças. Esses monstros levantavam pedras inteiras no ar e as jogavam em seus oponentes quando chegavam perto o suficiente. Os autores antigos não economizam na descrição do horror que sua aparição produziu entre o exército do infeliz pai Kron. A intervenção dessas criaturas decidiu o desfecho do caso - o inimigo foi derrotado e a justiça prevaleceu.

Poesia da Grécia Antiga

Hoje, alguns céticos, que não estão dispostos a confiar nos testemunhos de Hesíodo, Homero e outros poetas que descreveram os acontecimentos daquela época em suas obras, veem nesta guerra de dez anos apenas um reflexo dos desastres naturais que outrora assolaram o planeta. Não vamos dissuadi-los - eles são privados da capacidade de desfrutar do jogo da fantasia poética. Parece que os próprios autores antigos não pretendiam documentar o que expuseram, mas com seus poemas fizeram gelar docemente o coração de muitas gerações de pessoas.

Comemoração dos vencedores

Mas voltemos ao sopé do Monte Olimpo, onde até recentemente tudo ardia e estremecia, envolvido em uma batalha louca. Uma paz há muito esperada reinou ali. Os titãs, horrorizados com a visão das criaturas de cem braços, tremeram e fugiram, mas logo foram lançados nas profundezas das entranhas da terra, acorrentados. O deus-titã, pai de Zeus, compartilhou o destino comum e tornou-se prisioneiro do Tártaro. O domínio das forças cósmicas selvagens e impessoais chegou ao fim. Eles foram substituídos por divindades humanóides - os olímpicos.

Segundo várias fontes, o pai de Zeus, Poseidon e Hades - o velho Kron - foi perdoado, reconciliou-se com seus filhos e passou a reinar sobre o Oceano - esse era o nome do maior dos rios dos antigos mundo, separando o reino dos vivos do mundo das sombras. Ele se mostrou ali como um governante sábio e generoso, por isso o tempo de seu reinado é considerado feliz e abençoado. Partindo para o reino dos mortos, o frívolo pai de Poseidon e Zeus deixou para trás, além dos filhos legítimos, também aqueles que eram fruto de seus hobbies momentâneos. O mais famoso deles é Quíron, um sábio centauro nascido da jovem ninfa Filira.

tempo imortal

Deve-se notar que, de acordo com a consonância dos nomes na etimologia geralmente aceita, o nome Kronos é frequentemente identificado com o nome do deus do tempo - Chronos. Muitos pesquisadores veem o simbolismo da mudança de gerações nas crianças que nasceram e foram devoradas por Kron. Esta foi a razão pela qual na mitologia dos antigos romanos, o pai de Zeus Kron recebeu uma nova encarnação na imagem de Saturno, simbolizando a inexorabilidade e a transitoriedade do tempo.

A ele foram dedicadas festas, nas quais servos e senhores trocavam de papéis, como que ilustrando a inconstância e variabilidade da época. Em geral, esses feriados tinham a natureza de divertidas atividades carnavalescas. Qual era o nome do pai de Zeus, os antigos gregos - Kronos ou Kronos, agora é difícil dizer, mas em linguagem moderna existem palavras nas raízes das quais seu nome é preservado, por exemplo: cronômetro, cronologia, cronometragem e assim por diante. Todos eles estão conectados de uma forma ou de outra com o conceito de "tempo". Foi neles que o titã, pai de Zeus, encontrou sua verdadeira imortalidade.

Segundo os mitos sobre os deuses da Grécia Antiga, o universo era baseado no Caos - o vazio original, a desordem mundial, da qual, graças a Eros - a primeira força ativa - nasceram os primeiros deuses gregos antigos: Urano (céu) e Gaia (terra), que se tornaram cônjuges. Os primeiros filhos de Urano e Gaia eram gigantes de cem braços, superiores em força e ciclopes (ciclopes) de um olho só. Urano amarrou todos eles e os jogou no Tártaro, o abismo escuro do submundo. Então nasceram os titãs, o mais novo dos quais Cronos castrou o pai com uma foice dada a ele por sua mãe: ela não podia perdoar Urano pela morte de seu primogênito. Do sangue de Urano, Erinyes nasceu - uma mulher de aparência terrível, a deusa da vingança de sangue. Do contato de uma parte do corpo de Urano, lançada ao mar por Cronos, com a espuma do mar, nasceu a deusa Afrodite, que, segundo outras fontes, é filha de Zeus e dos Titânides Dione.

Urano e Gaia. Antigo mosaico romano 200-250 d.C.

Depois que o deus Urano se separou de Gaia, os titãs Kronos, Rhea, Oceanus, Mnemosyne (deusa da memória), Themis (deusa da justiça) e outros vieram à superfície da terra. Assim, os titãs foram as primeiras criaturas a viver na terra. O deus Cronos, graças ao qual seus irmãos e irmãs foram libertados da prisão no Tártaro, começou a governar o mundo. Ele se casou com sua irmã Rhea. Como Urano e Gaia previram a ele que seu próprio filho o privaria do poder, ele engoliu seus filhos assim que nasceram.

Deuses da Grécia Antiga - Zeus

Veja também artigo separado.

Segundo os antigos mitos gregos, a deusa Reia sentia pena de seus filhos e, quando seu filho mais novo, Zeus, nasceu, ela decidiu enganar o marido e deu a Cronos uma pedra embrulhada em panos, que ele engoliu. E ela escondeu Zeus na ilha de Creta, no Monte Ida, onde ele foi criado por ninfas (divindades personificando as forças e fenômenos naturais - divindades de nascentes, rios, árvores, etc.). A cabra Amalthea alimentou o deus Zeus com seu leite, pelo qual Zeus posteriormente a colocou no exército das estrelas. Esta é a estrela atual de Capella. Já adulto, Zeus decidiu tomar o poder em suas próprias mãos e forçou seu pai a vomitar todos os deuses infantis que engoliu. Havia cinco deles: Poseidon, Hades, Hera, Deméter e Héstia.

Depois disso, começou a "titanomaquia" - uma guerra pelo poder entre os antigos deuses gregos e os titãs. Zeus foi ajudado nesta guerra pelos gigantes de cem braços e ciclopes, que ele trouxe do Tártaro para isso. Os ciclopes forjaram trovões e relâmpagos para o deus Zeus, um capacete de invisibilidade para o deus Hades e um tridente para o deus Poseidon.

Deuses da Grécia Antiga. filme de vídeo

Tendo derrotado os titãs, Zeus os lançou no Tártaro. Gaia, zangada com Zeus pelo massacre dos Titãs, casou-se com o sombrio Tártaro e deu à luz Tifão, um monstro terrível. Os antigos deuses gregos estremeceram de horror quando um enorme Typhon de cem cabeças emergiu das entranhas da terra, anunciando o mundo com um uivo terrível, no qual se ouvia o latido de cães, o rugido de um touro furioso e o rosnado de leão e vozes humanas. Zeus incinerou todas as cem cabeças de Typhon com um raio e, quando ele caiu no chão, tudo ao redor começou a derreter com o calor que emanava do corpo do monstro. Typhon, lançado por Zeus no Tártaro, continua a causar terremotos e erupções vulcânicas. Assim, Typhon é a personificação das forças subterrâneas e dos fenômenos vulcânicos.

Zeus lança um raio em Typhon

O deus supremo da Grécia Antiga, Zeus, por sorteio entre os irmãos, recebeu o céu e o poder supremo sobre todas as coisas. Ele não tem poder apenas sobre o destino, personificado por suas três filhas Moira, tecendo o fio da vida humana.

Embora os deuses da Grécia antiga vivessem no espaço aéreo entre o céu e a terra, seu ponto de encontro era o cume do Monte Olimpo, com cerca de 3 quilômetros de altura, localizado no norte da Grécia.

Pelo nome de Olimpo, os doze principais deuses gregos antigos são chamados de deuses olímpicos (Zeus, Poseidon, Hera, Deméter, Héstia, Apolo, Ártemis, Hefesto, Ares, Atena, Afrodite e Hermes). Do Olimpo, os deuses frequentemente desciam à terra, às pessoas.

As belas artes da Grécia antiga representavam o deus Zeus como um homem maduro com uma barba espessa e encaracolada e cabelos ondulados na altura dos ombros. Seus atributos são trovão e relâmpago (daí seus epítetos "trovão", "parafuso de relâmpagos", "nuvem", "coletor de nuvens" etc.), bem como a égide - um escudo feito por Hefesto, sacudindo o qual Zeus causava tempestades e chuvas (daí o epíteto de Zeus " aegiokh" - égide dominante). Às vezes, Zeus é representado com Nike - a deusa da vitória em uma mão, com um cetro na outra e com uma águia sentada em seu trono. EM literatura grega antiga o deus Zeus é freqüentemente chamado de Kronid, que significa "filho de Cronos".

"Zeus de Otricoli". Busto do século IV BC

A primeira vez do reinado de Zeus, de acordo com os conceitos dos antigos gregos, correspondia à "idade de prata" (em contraste com a "idade de ouro" - a época do reinado de Cronos). Na "Idade de Prata" as pessoas eram ricas, desfrutavam de todas as bênçãos da vida, mas perdiam a felicidade imperturbável, pois perdiam a inocência anterior, esqueciam-se de prestar a devida gratidão aos deuses. Com isso, eles incorreram na ira de Zeus, que os exilou no submundo.

Após a "idade da prata", de acordo com as idéias dos antigos gregos, veio a "idade do cobre" - a era das guerras e da devastação, depois a "idade do ferro" (Hesíodo introduz a idade dos heróis entre as idades do cobre e do ferro) , quando a moral das pessoas estava tão corrompida que a deusa da justiça Dika , e com ela, Lealdade, Vergonha e Verdade deixaram a terra, e as pessoas começaram a ganhar a vida com o suor de seu rosto, com muito trabalho.

Zeus decidiu destruir a raça humana e criar uma nova. Ele enviou um dilúvio à terra, do qual escaparam apenas os cônjuges Deucalião e Pirra, que se tornaram os fundadores de uma nova geração de pessoas: a mando dos deuses, jogaram pedras nas costas, que se transformaram em gente. Os homens surgiram das pedras lançadas por Deucalião e as mulheres das pedras lançadas por Pirra.

Nos mitos da Grécia Antiga, o deus Zeus distribui o bem e o mal na terra, ele estabeleceu a ordem social, estabeleceu o poder real:

"Trovejando, soberano soberano, juiz-vendedor,
Você gosta de conversar com Themis, sentado e curvado?
(do hino homérico a Zeus, pp. 2–3; traduzido por V. V. Veresaev).

Embora Zeus fosse casado com sua irmã, a deusa Hera, outras deusas, ninfas e até mulheres mortais se tornaram mães de seus muitos filhos nas antigas lendas gregas. Assim, a princesa tebana Antíope deu à luz seus gêmeos Zeta e Amphion, a princesa argiva Danae deu à luz um filho Perseu, a rainha espartana Leda deu à luz Helena e Pólux, a princesa fenícia Europa deu à luz Minos. Muitos desses exemplos poderiam ser citados. Isso se explica pelo fato de que, como mencionado acima, Zeus suplantou muitos deuses locais, cujas esposas acabaram sendo percebidas como as amadas de Zeus, pelo que ele traiu sua esposa Hera.

Em ocasiões especialmente solenes ou muito significativas, Zeus recebia uma "hecatombe" - um grande sacrifício de cem touros.

Deuses da Grécia Antiga - Hera

Veja artigo separado.

A deusa Hera, considerada na Grécia antiga irmã e esposa de Zeus, era glorificada como a padroeira do casamento, a personificação da fidelidade conjugal. Na literatura grega antiga, ela é retratada como guardiã da moralidade, perseguindo cruelmente seus violadores, principalmente seus rivais e até mesmo seus filhos. Assim, Io, a amada de Zeus, foi transformada por Hera em vaca (de acordo com outros mitos gregos, o próprio deus Zeus transformou Io em vaca para escondê-la de Hera), Calisto em urso e filho de Zeus e Alcmena, o poderoso herói Hércules, a esposa de Zeus perseguiu durante toda a sua vida, desde a infância. Sendo a protetora da fidelidade conjugal, a deusa Hera pune não só a amada de Zeus, mas também aqueles que tentam persuadi-la à infidelidade ao marido. Assim, Ixion, levado por Zeus ao Olimpo, tentou conquistar o amor de Hera, e por isso, a pedido dela, não só foi jogado no Tártaro, mas também acorrentado a uma roda de fogo em constante rotação.

Hera é uma antiga divindade reverenciada na Península Balcânica antes mesmo de os gregos chegarem lá. O local de nascimento de seu culto foi o Peloponeso. Gradualmente, outras divindades femininas se juntaram à imagem de Hera, e ela começou a ser considerada filha de Cronos e Reia. Segundo Hesíodo, ela é a sétima esposa de Zeus.

Deusa Hera. estátua do período helenístico

Um dos mitos da Grécia Antiga sobre os deuses conta como Zeus, irritado com o atentado de Hera contra seu filho Hércules, pendurou-a em correntes no céu, amarrou pesadas bigornas em seus pés e a sujeitou a flagelação. Mas isso foi feito em um ataque de raiva intensa. Normalmente, Zeus tratava Hera com tanto respeito que outros deuses, visitando Zeus em conselhos e festas, mostravam grande respeito por sua esposa.

A deusa Hera, na Grécia antiga, recebeu qualidades como desejo de poder e vaidade, levando-a a represálias àqueles que colocam a beleza própria ou de outra pessoa acima de sua beleza. Assim, durante toda a guerra de Tróia, ela auxilia os gregos a fim de punir os troianos pela preferência dada pelo filho de seu rei, Páris, a Afrodite em detrimento de Hera e Atena.

Em um casamento com Zeus, Hera deu à luz Hebe - a personificação da juventude, Ares e Hefesto. Porém, segundo algumas lendas, ela deu à luz Hefesto sozinha, sem a participação de Zeus, do perfume das flores, em retaliação ao nascimento de Atena de sua própria cabeça.

Na Grécia antiga, a deusa Hera era retratada como uma mulher alta e majestosa vestida com um vestido longo e coroada com um diadema. Em sua mão ela segura um cetro - um símbolo de seu poder supremo.

Eis as expressões com que o hino homérico louva a deusa Hera:

“Eu glorifico a Hera do Trono Dourado, nascida de Reia,
A rainha sempre viva com um rosto de beleza incomum,
Irmã e esposa de Zeus trovejando alto
Glorioso. Todos no grande Olimpo são deuses abençoados
Ela é reverentemente reverenciada em pé de igualdade com Kronidoma
(Artigos 1–5; traduzido por V. V. Veresaev)

Deus Poseidon

O deus Poseidon, que foi reconhecido na Grécia antiga como o senhor do elemento água (ele recebeu essa herança por sorteio, como Zeus - o céu), é retratado como muito parecido com seu irmão: ele tem a mesma barba encaracolada de Zeus , o mesmo cabelo ondulado até os ombros , mas tem um atributo próprio, pelo qual é fácil distingui-lo de Zeus, um tridente; com ela põe em movimento e acalma as ondas do mar. Ele governa os ventos; obviamente, o conceito de terremotos estava associado ao mar na Grécia antiga; isso explica o epíteto “tremedor de terra” usado por Homero em relação ao deus Poseidon:

“Ele sacode a terra estéril e o mar,
Ele reina em Helikon e no amplo Eglas. Dobro
Honra, ó Earth Shaker, os deuses te concederam:
Para domar cavalos selvagens e salvar navios do naufrágio"
(do hino homérico a Poseidon, pp. 2–5; traduzido por V. V. Veresaev).

O tridente, portanto, é necessário a Poseidon para fazer a terra tremer e, ao afastar as montanhas, criar vales abundantes em água; com um tridente, o deus Poseidon pode atingir uma rocha de pedra e uma fonte brilhante de água pura jorrar imediatamente dela.

Poseidon (Netuno). Antiga estátua do século II. de acordo com R. H.

Segundo os mitos da Grécia Antiga, Poseidon tinha disputas com outros deuses pela posse desta ou daquela terra. Assim, Argolis era pobre em água porque, durante a disputa entre Poseidon e Hera, o herói de Argos, Inah, que foi nomeado juiz, transferiu esta terra para ela, e não para ele. Já a Ática foi inundada pelo fato de os deuses terem decidido a disputa entre Poseidon e Atena (que deveria ser a dona deste país) em favor de Atena.

A esposa do deus Poseidon era considerada Anfitrite, filha do Oceano. Mas Poseidon, como Zeus, tinha sentimentos ternos por outras mulheres. Assim, a mãe de seu filho, Ciclope Polifemo, era a ninfa Foos, a mãe do cavalo alado Pégaso - a Górgona Medusa, etc.

O magnífico palácio de Poseidon ficava, segundo antigas lendas gregas, nas profundezas do mar, onde, além de Poseidon, existiam inúmeras outras criaturas que ocupam lugares secundários no mundo dos deuses: o velho Nereu- uma antiga divindade do mar; Nereidas (filhas de Nereus) - ninfas do mar, entre as quais as mais famosas são Anfitrite, que se tornou esposa de Poseidon, e Tétis- mãe de Aquiles. Para inspecionar suas posses - não apenas as profundezas do mar, mas também as ilhas e terras costeiras, e às vezes as terras situadas nas profundezas do continente - o deus Poseidon partiu em uma carruagem puxada por cavalos que tinham rabos de peixe. das patas traseiras.

Na Grécia Antiga, os Jogos Istmicos em Istma, o Istmo de Corinto, à beira-mar, eram dedicados a Poseidon como governante soberano dos mares e patrono da criação de cavalos. Ali, no santuário de Poseidon, havia uma estátua de ferro desse deus, erguida pelos gregos em homenagem à sua vitória no mar, quando a frota persa foi derrotada.

Deuses da Grécia Antiga - Hades

Hades (Hades), chamado em Roma Plutão, recebeu o submundo por sorteio e tornou-se seu senhor. A ideia dos antigos sobre este mundo se reflete em nomes gregos antigos o deus subterrâneo: Hades é invisível, Plutão é rico, pois toda riqueza, tanto mineral quanto vegetal, é gerada pela terra. Hades é o senhor das sombras dos mortos e às vezes é chamado de Zeus Katakhton - o Zeus subterrâneo. Considerado na Grécia antiga como a personificação das entranhas ricas da terra, não foi por acaso que Hades acabou por ser um marido Perséfone filha da deusa da fertilidade, Deméter. Este casal, que não tinha filhos, na visão dos gregos, era hostil a toda a vida e enviava uma série contínua de mortes a todos os seres vivos. Deméter não queria que sua filha permanecesse no reino de Hades, mas quando pediu a Perséfone que voltasse à terra, ela respondeu que já havia provado a “maçã do amor”, ou seja, comido parte da romã recebida de seu marido, e não pôde voltar. É verdade que ela passava dois terços do ano com a mãe a mando de Zeus, porque, com saudades da filha, Deméter parou de mandar a colheita e cuidar do amadurecimento dos frutos. Assim, nos mitos da Grécia Antiga, Perséfone personifica a interação entre a deusa da fertilidade, que dá a vida, faz a terra dar frutos, e o deus da morte, que tira a vida, arrastando todas as criaturas da terra de volta para seu seio .

O Reino de Hades tinha nomes diferentes na Grécia Antiga: Hades, Erebus, Orc, Tartarus. A entrada deste reino, segundo os gregos, era no sul da Itália, ou em Colon, perto de Atenas, ou em outros lugares onde havia falhas e fendas. Após a morte, todas as pessoas vão para o reino do deus Hades e, como conta Homero, arrastam ali uma existência miserável e sem alegria, privadas da memória de sua vida terrena. Os deuses do submundo mantiveram a consciência plena apenas para alguns poucos selecionados. Dos vivos, apenas Orfeu, Hércules, Teseu, Odisseu e Enéias conseguiram entrar no Hades e retornar à terra. Segundo os mitos da Grécia Antiga, o sinistro cão de três cabeças Cérbero senta-se na entrada do Hades, cobras se movem com um assobio formidável em seu pescoço e ele não permite que ninguém deixe o reino dos mortos. Vários rios correm no Hades. Pelo Styx, o velho barqueiro Caronte transporta as almas dos mortos, que cobravam uma taxa por seu trabalho (por isso, uma moeda era colocada na boca do falecido para que sua alma pudesse pagar Caronte). Se uma pessoa permanecesse insepulta, Caronte não deixava sua sombra entrar em seu barco, e ela estava destinada a vagar pela terra para sempre, o que era considerado o maior infortúnio da Grécia Antiga. Um homem privado de um enterro estará para sempre com fome e sede, pois não terá uma sepultura onde os parentes fizessem libações e deixassem comida para ele. Outros rios do submundo são Acheron, Piriflegeton, Cocytus e Lethe, o rio do esquecimento (depois de tomar um gole de água do Lethe, o falecido esqueceu tudo. Somente depois de beber o sangue sacrificial, a alma do falecido recuperou temporariamente sua antiga consciência e a capacidade de falar com os vivos). As almas de alguns poucos escolhidos vivem separadamente de outras sombras em Elysia (ou nos Champs Elysees), mencionadas na Odisséia e na Teogonia: lá eles estão em felicidade eterna sob os auspícios de Cronos, como se estivessem na Idade de Ouro; mais tarde, acreditou-se que todos os iniciados nos mistérios de Elêusis entravam no Elísio.

Os criminosos que ofenderam os antigos deuses gregos de alguma forma sofrem o tormento eterno no submundo. Assim, o rei frígio Tântalo, que ofereceu a carne de seu filho como alimento aos deuses, sofre para sempre de fome e sede, ficando com água até o pescoço e vendo ao lado dele fruta madura, e também está em eterno medo, porque uma pedra está pendurada sobre sua cabeça, prestes a desabar. O rei coríntio Sísifo sempre arrasta uma pedra pesada montanha acima, que, mal atingindo o topo da montanha, rola para baixo. Sísifo foi punido pelos deuses por ganância e engano. As Danaids, filhas de Danae, rei de Argos, enchem para sempre um barril sem fundo com água para o assassinato de seus maridos. O gigante eubeu Titius, por insultar a deusa Latona, jaz prostrado no Tártaro, e duas pipas atormentam para sempre seu fígado. O deus Hades administra seu julgamento sobre os mortos com a ajuda de três heróis famosos por sua sabedoria - Aeacus, Minos e Rhadamanthus. Aeacus também foi considerado o porteiro do submundo.

De acordo com as idéias dos antigos gregos, o reino do deus Hades está imerso na escuridão e habitado por todos os tipos de criaturas e monstros terríveis. Entre eles - a terrível Empusa - um vampiro e um lobisomem com pernas de burro, Erinyes, Harpias - a deusa do redemoinho, meio mulher meio cobra Echidna; aqui está a filha de Echidna Quimera com cabeça e pescoço de leão, corpo de cabra e cauda de cobra, aqui estão os deuses de vários sonhos. Todos esses demônios e monstros são dominados pela filha de três cabeças e três corpos do Tártaro e da Noite, a antiga deusa grega Hekate. Sua aparência tripla é explicada pelo fato de ela aparecer tanto no Olimpo, quanto na terra e no Tártaro. Mas, na maioria das vezes, pertence ao submundo, é a personificação da escuridão da noite; ela envia pesadelos para as pessoas; ela é chamada para realizar todos os tipos de feitiçaria e feitiços. Portanto, o serviço dessa deusa era realizado à noite.

Os ciclopes, segundo os mitos da Grécia antiga, forjaram um capacete de invisibilidade para o deus Hades; Obviamente, esta ideia está ligada à ideia da aproximação invisível da morte à sua vítima.

O deus Hades é representado como um homem maduro sentado em um trono com uma vara ou bidente na mão, com Cérbero a seus pés. Às vezes, ao lado dele está a deusa Perséfone com uma romã.

Hades quase não aparece no Olimpo, então ele não está classificado entre o panteão olímpico.

Deusa Deméter

A antiga deusa grega Pallas Athena é a filha amada de Zeus, nascida de sua cabeça. Quando a amada oceânica de Zeus, Métis (deusa da razão), estava esperando uma criança que, segundo uma previsão, superaria seu pai em força, Zeus astutamente a fez diminuir de tamanho e engoliu. Mas o feto com o qual Metis estava grávida não morreu, mas continuou a se desenvolver em sua cabeça. A pedido de Zeus, Hefesto (de acordo com outro mito, Prometeu) cortou a cabeça com um machado, e a deusa Atena saltou dela com uma armadura militar completa.

Nascimento de Atena da cabeça de Zeus. Baseada em ânfora da segunda metade do séc. VI. BC

"Antes de Zeus auspicioso
Ela saltou rapidamente para o chão de sua cabeça eterna,
Tremendo com uma lança afiada. Sob o salto pesado dos olhos claros
O grande Olimpo hesitou, gemeu terrivelmente
Ao redor das terras mentirosas, o mar largo tremeu
E ferveu com ondas carmesim ... "
(do hino homérico a Atenas, pp. 7–8; traduzido por V. V. Veresaev).

Como filha de Metis, a própria deusa Atena tornou-se "Polymetis" (muito pensante), a deusa da razão e da guerra inteligente. Se o deus Ares se deleita com todo derramamento de sangue, sendo a personificação de uma guerra desastrosa, então a deusa Atena introduz um elemento de humanidade na guerra. Em Homero, Atena diz que os deuses não deixam impune o uso de flechas envenenadas. Se a aparência de Ares é assustadora, a presença de Atena nas disciplinas de batalha inspira e traz reconciliação. Assim, em sua pessoa, os antigos gregos opunham a razão à força bruta.

Sendo uma antiga divindade micênica, Atena concentrou em suas mãos o controle de muitos fenômenos naturais e aspectos da vida: ao mesmo tempo ela era a dona dos elementos celestiais, a deusa da fertilidade, a curandeira e a padroeira do trabalho pacífico ; ela ensinou as pessoas a construir casas, freio cavalos, etc.

Gradualmente, os antigos mitos gregos começaram a limitar as atividades da deusa Atena à guerra, a introdução da racionalidade nas ações das pessoas e no artesanato feminino (fiação, tecelagem, bordado, etc.). Nesse aspecto ela é aparentada com Hefesto, mas Hefesto é o lado elemental da arte, associado ao fogo; em Atenas, a mente também prevalece no artesanato: se para dar nobreza à arte de Hefesto, era necessária sua união com Afrodite ou Charita, então a própria deusa Atena é a perfeição, a personificação do progresso cultural em tudo. Atena foi homenageada em toda a Grécia, mas especialmente na Ática, que venceu em uma disputa com Poseidon. Na Ática ela era uma divindade favorita, em sua homenagem principal cidadeÁtica foi nomeada Atenas.

O nome "Pallas" aparentemente surgiu após a fusão do culto de Atenas com o culto da antiga divindade Pallant, que, na visão dos gregos, era um gigante derrotado por Atenas durante a guerra dos deuses com os gigantes.

Como guerreira ela é Pallas, como padroeira na vida pacífica ela é Atena. Seus epítetos são "olhos azuis", "olhos de coruja" (a coruja como símbolo da sabedoria era o pássaro sagrado de Atenas), Ergana (trabalhador), Tritogenea (um epíteto de significado pouco claro). Na Grécia antiga, a deusa Atena era representada de maneiras diferentes, mas na maioria das vezes em uma longa túnica sem mangas, com uma lança e um escudo, em um capacete e com uma égide no peito, na qual estava fixada a cabeça da Medusa, dado a ela por Perseu; às vezes com uma cobra (símbolo de cura), às vezes com uma flauta, já que os antigos gregos acreditavam que Atenas havia inventado esse instrumento.

A deusa Atena não era casada, não estava sujeita aos encantos de Afrodite, por isso seu templo principal, localizado na acrópole, era chamado de "Partenon" (parthenos - virgem). No Partenon, foi instalada uma enorme estátua “criselefantina” (isto é, feita de ouro e marfim) de Atena com Nike na mão direita (obra de Fídias). Não muito longe do Parthenon, dentro das paredes da acrópole, havia outra estátua de Atena, de bronze; o brilho de sua lança era visível para os marinheiros que se aproximavam da cidade.

No hino homérico, Atena é chamada de defensora da cidade. De fato, no período da história grega antiga que estamos estudando, Atena é uma divindade puramente urbana, em contraste, por exemplo, com Deméter, Dionísio, Pã etc.

Deus Apolo (Phoebus)

De acordo com os mitos da Grécia Antiga, quando a mãe dos deuses Apolo e Ártemis, a amada de Zeus, Latona (Verão) estava para se tornar mãe, ela foi severamente perseguida por Hera, a esposa ciumenta e implacável de Zeus. Todos tinham medo da ira de Hera, então Latona foi expulsa de todos os lugares, onde quer que parasse. E apenas a ilha de Delos, vagando, como Latona (segundo a lenda, já foi flutuante), entendeu o sofrimento da deusa e a aceitou em sua terra. Além disso, ele foi seduzido por sua promessa de dar à luz um grande deus em sua terra, para quem lá, em Delos, um bosque sagrado seria construído e um belo templo erguido.

Na terra de Delos, uma deusa Latona deu à luz gêmeos - os deuses Apolo e Ártemis, que receberam epítetos em sua homenagem - Delius e Delia.

Phoebus-Apollo é a divindade mais antiga de origem na Ásia Menor. Uma vez ele foi reverenciado como o guardião de rebanhos, estradas, viajantes, marinheiros, como o deus da arte médica. Aos poucos, ele ocupou um dos lugares de destaque no panteão da Grécia Antiga. Seus dois nomes refletem sua natureza dupla: claro, brilhante (Phoebus) e destrutivo (Apollo). Gradualmente, o culto de Apolo suplantou na Grécia antiga o culto de Helios, originalmente reverenciado como a divindade do sol, e se tornou a personificação da luz solar. Os raios do sol, vivificantes, mas às vezes mortais (causando seca), eram percebidos pelos antigos gregos como as flechas do deus "arco de prata", "marque de longe", portanto o arco é um dos constantes atributos de Febo. Seu outro atributo de Apolo - a lira ou cítara - tem a forma de um arco. Deus Apolo é o músico mais habilidoso e patrono da música. Quando ele aparece com uma lira nas festas dos deuses, ele é acompanhado por musas - deusas da poesia, das artes e das ciências. As Musas são filhas de Zeus e da deusa da memória Mnemosyne. Havia nove musas: Calliope - a musa do épico, Euterpe - a musa das letras, Erato - a musa da poesia de amor, Polyhymnia - a musa dos hinos, Melpomene - a musa da tragédia, Thalia - a musa da comédia, Terpsichore - a musa das danças, Clio - a musa da história e Urania - a musa da astronomia. As montanhas de Helikon e Parnassus foram consideradas os lugares favoritos para as Musas ficarem. Aqui está como o autor do hino homérico ao Pythian Apollo descreve Apollo-Musagetes (líder das Musas):

“As vestes imortais são perfumadas no deus. cordas
Apaixonadamente sob o plectro eles soam dourados na lira divina.
Os pensamentos rapidamente se moveram da terra para o Olimpo, de lá
Ele entra nas câmaras de Zeus, a assembléia de outros imortais.
Imediatamente o desejo de todos aparece canções e liras.
As belas Musas iniciam a canção com coros intercambiáveis..."
(Artigos 6–11; traduzido por V. V. Veresaev).

A coroa de louros na cabeça do deus Apolo é uma lembrança de sua amada, a ninfa Daphne, que se transformou em louro, preferindo a morte ao amor de Febo.

As funções médicas de Apolo passaram gradualmente para seu filho Asclépio e sua neta Hygieia, a deusa da saúde.

Na era arcaica, Apolo, a ponta da flecha, torna-se o deus mais popular entre a antiga aristocracia grega. Na cidade de Delfos, havia o principal santuário de Apolo - o oráculo de Delfos, onde tanto particulares quanto estadistas vinham para previsões e conselhos.

Apolo é um dos deuses mais formidáveis ​​da Grécia Antiga. Outros deuses têm até um pouco de medo de Apolo. Assim é descrito no hino a Apolo de Delos:

“Ele passará pela casa de Zeus - todos os deuses, e eles tremerão.
Pulando de suas cadeiras, eles ficam com medo quando ele
Ele se aproximará e começará a puxar seu arco brilhante.
Apenas o verão permanece perto de Zeus, que ama raios;
A deusa dissolve o arco e fecha a aljava com uma tampa,
Dos ombros de Phoebe, armas poderosas disparam com as mãos
E em uma estaca de ouro em um pilar perto da sede de Zeus
Pendura o arco e a aljava; Apolo se senta em uma cadeira.
Em uma tigela de ouro para ele, querido filho acolhedor,
Pai dá néctar. E então o resto das divindades
Eles também se sentam em cadeiras. E o coração de Summer é feliz
Regozijando-se por ter dado à luz um filho poderoso e poderoso "
(Artigos 2–13; traduzido por V. V. Veresaev).

Na Grécia antiga, o deus Apolo era retratado como um jovem esguio com cachos ondulados nos ombros. Ele está nu (o chamado Apolo Belvedere tem apenas um leve véu caindo de seus ombros) e segura um cajado de pastor ou um arco nas mãos (Apolo Belvedere tem uma aljava com flechas atrás dos ombros), ou em longas túnicas, em uma coroa de louros e com uma lira nas mãos - este Apollo Musaget ou Kifared.

Apolo Belvedere. Estátua de Leohar. OK. 330-320 aC

Vale ressaltar que, embora Apolo fosse o patrono da música e do canto na Grécia antiga, ele próprio tocava apenas instrumentos de corda- lira e cítara, que os gregos consideravam nobres, opondo-as a instrumentos "bárbaros" (estrangeiros) - flauta e cachimbo. Não é à toa que a deusa Atena recusou a flauta, dando-a à divindade inferior, o sátiro Marsias, pois ao tocar este instrumento, suas bochechas inchavam feias.

Deuses da Grécia Antiga - Ártemis

Deus Dionísio

Dionísio (Baco), na Grécia antiga - o deus das forças vegetais da natureza, o patrono da viticultura e da vinificação, nos séculos VII-V. BC e. ganhou imensa popularidade com pessoas comuns em oposição a Apolo, cujo culto era popular entre a aristocracia.

No entanto, esse rápido crescimento na popularidade de Dioniso foi, por assim dizer, o segundo nascimento do deus: seu culto existia já no segundo milênio aC. e., mas depois foi quase esquecido. Homero não menciona Dionísio, o que atesta a impopularidade de seu culto na época do domínio da aristocracia, no início do 1º milênio aC. e.

A imagem arcaica de Dionísio, como o deus era pensado, aparentemente, antes da mudança no culto, é um homem maduro com uma longa barba; nos séculos V-IV. BC e. os antigos gregos descreviam Baco como um jovem mimado, até um tanto efeminado, com uvas ou uma coroa de heras na cabeça, e essa mudança aparência deus testemunha uma mudança em seu culto. Não é por acaso que na Grécia antiga havia vários mitos que contavam sobre a luta com a qual o culto de Dionísio foi introduzido e sobre a resistência que encontrou seu surgimento na Grécia. Um desses mitos é a base da tragédia de Eurípides, As Bacantes. Pela boca do próprio Dionísio, Eurípides conta de maneira muito plausível a história desse deus: Dionísio nasceu na Grécia, mas foi esquecido em sua terra natal e só voltou ao seu país depois que ganhou popularidade e estabeleceu seu culto na Ásia. Ele teve que superar a resistência na Grécia, não porque fosse um estranho lá, mas porque trouxe consigo um orgiasmo estranho à Grécia Antiga.

Com efeito, as festas báquicas (orgias) na era clássica da Grécia Antiga eram extáticas, e o momento de êxtase foi, obviamente, o novo elemento que se introduziu durante o renascimento do culto de Dionísio e resultou da fusão do culto de Dionísio com divindades orientais da fertilidade (por exemplo, o culto vindo da Sabásia dos Bálcãs).

Na Grécia antiga, o deus Dionísio era considerado filho de Zeus e Semele, filha do rei tebano Cadmo. A deusa Hera odiava Semele e queria destruí-la. Ela convenceu Semele a pedir a Zeus que aparecesse para seu amante mortal na forma de um deus com trovões e relâmpagos, o que ele nunca fez (aparecendo aos mortais, ele mudou de aparência). Quando Zeus se aproximou da casa de Semele, um raio escapou de sua mão e atingiu a casa; nas chamas de um incêndio que estourou, Semele morreu, dando à luz antes de sua morte uma criança fraca e incapaz de viver. Mas Zeus não deixou seu filho morrer. A hera verde cresceu do solo, que cobriu a criança do fogo. Zeus então pegou o filho resgatado e o costurou em sua coxa. No corpo de Zeus, Dionísio ficou mais forte e nasceu pela segunda vez da coxa de um trovão. De acordo com os mitos da Grécia Antiga, Dionísio foi criado por ninfas da montanha e pelo demônio Silenus, que os antigos imaginavam como um velho alegre e eternamente bêbado, devotado ao seu deus-aluno.

A introdução secundária do culto ao deus Dionísio refletiu-se em várias histórias não apenas sobre a chegada do deus da Ásia à Grécia, mas também sobre suas viagens de navio em geral. Já no hino homérico encontramos a história de Dioniso se mudando da ilha de Ikaria para a ilha de Naxos. Sem saber que Deus estava à sua frente, os ladrões agarraram o belo jovem, amarraram-no com varas e o carregaram em um navio para vendê-lo como escravo ou obter um resgate por ele. Mas no caminho, os grilhões caíram das mãos e pés de Dionísio, e milagres começaram a acontecer diante dos ladrões:

"Doce acima de tudo em um navio rápido em todos os lugares
De repente, vinho perfumado murmurou e ambrosia
O cheiro aumentou por toda parte. Os marinheiros ficaram maravilhados.
Instantaneamente estendido, agarrado à vela mais alta,
Videiras aqui e ali, e cachos pendurados em abundância...”
(Artigos 35–39; traduzido por V. V. Veresaev).

Transformando-se em leão, Dionísio despedaçou o líder dos piratas. O resto dos piratas, com exceção do sábio timoneiro, que Dionísio poupou, se jogaram no mar e se transformaram em golfinhos.

Os milagres descritos neste grego antigo no hino - a queda espontânea dos grilhões, o surgimento de fontes de vinho, a transformação de Dionísio em leão, etc., são característicos das idéias sobre Dionísio. Nos mitos e nas belas artes da Grécia antiga, o deus Dionísio é frequentemente representado como uma cabra, touro, pantera, leão ou com os atributos desses animais.

Dionísio e sátiros. Pintor Brigos, Ática. OK. 480 aC

A comitiva de Dionísio (fias) consiste em sátiros e bacantes (ménades). O atributo das bacantes e do próprio deus Dionísio é o tirso (uma vara entrelaçada com hera). Este deus tem muitos nomes e epítetos: Iakh (gritando), Bromius (extremamente barulhento), Bassarei (a etimologia da palavra não é clara). Um dos nomes (Lei) está obviamente associado ao sentimento de libertação das preocupações experimentadas ao beber vinho e à natureza orgiástica do culto, libertando a pessoa das proibições comuns.

Pan e as divindades da floresta

Frigideira era na Grécia antiga o deus das florestas, o patrono das pastagens, rebanhos e pastores. Filho de Hermes e da ninfa Dryope (segundo outro mito, filho de Zeus), nasceu com chifres de cabra e pernas de cabra, porque o deus Hermes, cuidando de sua mãe, assumiu a forma de uma cabra:

“Com ninfas brilhantes, ele tem pernas de cabra, dois chifres, barulhento
Vaga pelas florestas de carvalhos da montanha, sob a copa escura das árvores,
Ninfas do alto dos penhascos rochosos o chamam,
Pan eles chamam de lã suja encaracolada,
Deus dos pastos alegres. Rochas lhe foram dadas em herança,
Cabeças de montanhas nevadas, caminhos de penhascos de sílex"
(do hino homérico a Pan, pp. 2–7; traduzido por V. V. Veresaev).

Ao contrário dos sátiros, que tinham a mesma aparência, Pan era representado pelos antigos gregos com uma flauta nas mãos, enquanto os sátiros eram representados com uvas ou hera.

Seguindo o exemplo dos antigos pastores gregos, o deus Pan levava uma vida nômade, vagando pelas florestas, descansando em cavernas surdas e induzindo “medo de pânico” aos viajantes perdidos.

Havia muitos deuses da floresta na Grécia antiga e, ao contrário da divindade principal, eles eram chamados de panisks.

Nome: Zeus

Um país: Grécia

O Criador: mitologia grega antiga

Atividade: deus do céu, trovão e relâmpago, encarregado de todo o mundo

Situação familiar: casado

Zeus: história do personagem

A mitologia da Grécia Antiga, intimamente ligada à religião desse povo, originou-se na trajetória da formação da humanidade, mas ainda é popular, o que foi facilitado pelos monumentos culturais.

Diretores eminentes e escritores talentosos são inspirados pelos titãs, deuses olímpicos, musas, ciclopes e outros personagens fictícios, e lendas envolvendo deuses e heróis incrivelmente fortes cativam o espírito. Zeus, o chefe do antigo panteão grego, responsável por todo o mundo, é frequentemente encontrado em textos antigos. O nome desse trovão, talvez, seja familiar a todos e a todos.

Mitologia

Uma pessoa parece muito fraca contra o pano de fundo do mundo ao seu redor, um representante da espécie Homosapiens não tem a mesma força física que, por exemplo, um urso; os humanos não podem correr rápido como leões ou chitas, nem têm dentes afiados e garras fortes.

Mas, por outro lado, por natureza, a pessoa tenta explicar o que sente e observa. Não é à toa que ele descobriu as leis físicas, inventou mesa química, mas fez a pergunta da filosofia. Mas antes quando conhecimento científico não eram tão fortes, as pessoas explicavam este ou aquele fenômeno natural por meio de mitos e acreditavam que os deuses eram capazes de trazer prosperidade para a casa, ajudar a vencer a guerra e proteger a safra da seca.

Segundo a história, desde a primeira metade do segundo milênio aC, a terceira geração de deuses liderada por Zeus começou a reinar no mundo, que derrubou os titãs. O chefe dos deuses do Olimpo tornou-se o terceiro filho do titã Cronos e sua esposa Reia. O fato é que o vidente previu a Cronos que seu próprio filho levaria a coroa de seu pai. O Senhor do Tempo não quis tolerar tal destino, portanto, sem remorso, comeu crianças recém-nascidas, por precaução, engolindo até filhas.

Rhea não pretendia tolerar a arbitrariedade do marido, portanto, como uma mulher sábia, decidiu agir com astúcia. A titanita grávida foi para uma caverna profunda em Creta, onde deu à luz o futuro usurpador do poder.

Para que Cronos não percebesse o truque, sua amada colocou uma pedra Baytil envolta em fraldas em vez do bebê, que o gigante engoliu imediatamente. E quando o titã enfurecido descobriu os truques de sua esposa, ele foi procurar o pequeno Zeus . Os Kurets salvaram o menino: eles bateram com lanças e espadas quando o bebê chorou para que Cronos não adivinhasse onde estava seu filho.

A previsão fatal que Cronos aprendeu se tornou realidade: quando Zeus amadureceu, ele começou uma guerra contra seu pai, obtendo uma vitória esmagadora e enviando seu pai para o abismo sob o reino de Hades - Tártaro. De acordo com outra lenda, o Trovão deu a Cronos uma bebida de mel para beber e, quando ele adormeceu, castrou-o. Além disso, Zeus forçou seu ancestral a cuspir irmãos e irmãs com a ajuda de uma poção, a quem ele fez deuses e se estabeleceu no Olimpo. Segundo outras fontes, o olímpico rasgou a barriga de um titã.

A guerra entre os deuses e os titãs durou dez anos, e os ciclopes foram chamados para ajudar. Mas, como as forças eram iguais, os adversários demoraram muito para determinar o vencedor. Então Zeus libertou os gigantes de cem braços do abismo, que juraram lealdade a ele, e eles ajudaram a enviar os ex-governantes para o Tártaro. Desesperada, a deusa da terra Gaia deu à luz um monstro terrível com cem cabeças de dragão - Typhon, mas foi derrotado por Zeus.

Quando a paz reinou, Zeus, junto com seus irmãos, dividiu o poder com a ajuda de muitos. Poseidon tornou-se o senhor do mar, Hades começou a administrar o reino sombrio e assustador dos mortos e Zeus obteve o domínio do céu.

Os cientistas até fizeram uma suposição: é provável que os gregos tenham apresentado sacrifícios humanos ao dono do Olimpo, mas outros refutam essas conjecturas. Talvez apenas algumas tribos separadas estivessem envolvidas em assassinatos pelo bem do dono do céu, a fim de pedir o fim das erupções vulcânicas. Basicamente, na Grécia antiga, animais e alimentos eram dados aos deuses, organizando feriados.

Imagem

O Thunderer, que assusta os habitantes da Terra com raios e nuvens escuras, aparece na mitologia como o pai dos deuses e das pessoas. Zeus tentou tornar este mundo o mais harmonioso, distribuindo o bem e o mal, e também colocou vergonha e consciência na pessoa. Um deus poderoso senta-se em seu trono e zela pela ordem da cidade, protegendo os fracos e ofendidos e concedendo patrocínio àqueles que rezam.

Zeus, que seguia as leis em todo o mundo, não só podia enviar chuva e punir os culpados com raios, mas também prever o futuro, prevendo o futuro com a ajuda de sonhos. Mas às vezes o próprio Zeus depende das deusas Moir - mulheres tecendo os fios do destino.

Freqüentemente, o Thunderer é retratado em pinturas e esculturas como um homem de meia-idade com traços gentis, emoldurados por cachos grossos e uma barba exuberante. Nas mãos de Zeus está um raio, que é um garfo de três pontas com entalhes. Pelas lendas, sabe-se que o raio para o deus foi feito por um ciclope caolho. A divindade também possui um cetro e, às vezes, é representada com um labrys ou martelo, semelhante a uma ferramenta.

Deus corta uma carruagem puxada por águias: como você sabe, este nobre pássaro está associado à grandeza e ao poder. Foi a águia que bicou o fígado do infeliz Prometeu - assim, Zeus puniu seu primo por roubar o fogo de Hefesto, passando-o para as pessoas.

Entre outras coisas, Zeus sabe como se transformar em qualquer criatura terrena: uma vez um olímpico se transformou em touro para sequestrar uma princesa. No entanto, o mestre do céu não se distinguia pela constância. Centenas de beldades visitavam sua cama, a quem ele seduzia de diferentes formas: ou aparecia para a moça na forma de uma nuvem, ou aparecia como um cisne branco. E para tomar posse de Danae, Zeus se transformou em uma chuva de ouro.

Família

Como você sabe, na mitologia grega antiga, todos os deuses são, em certo sentido, parentes uns dos outros, descendentes dos titãs. Além disso, a julgar pelas lendas, alguns se casaram com suas irmãs. O Thunderer não era um homem de família exemplar e seduziu muito mais do que uma beleza; Europa de olhos arregalados, Leda, Antílope, Io e outros encantadores foram vítimas do feitiço de Zeus.

Mas três mulheres foram consideradas esposas "oficiais". A primeira é a sábia Métis, que previu ao marido que o filho de Zeus nascido dela superaria o pai. O chateado guardião do raio seguiu o exemplo de Cronos, só que engoliu não um bebê recém-nascido, mas sua esposa. Depois disso, a padroeira da guerra organizada, Atena, nasceu da cabeça do deus, e Metis, sentada no ventre de seu marido, tornou-se sua conselheira.

A segunda esposa de Zeus - a deusa da justiça Themis - deu ao marido três filhas: Eunomia, Dike e Eirene (segundo outras fontes, Themis é a mãe de Moira ou Prometeu). A última amada do Olimpo foi a padroeira do casamento, Hera, que se distingue pela crueldade e disposição ciumenta.

Filmes

Zeus pode ser visto nas telas de TV, o Thunderer apareceu diante do público em várias obras cinematográficas:

• 1969 - "Hércules em Nova York"
• 1981 - "Clash of the Titans"
• 2010 - Percy Jackson e o Ladrão de Raios
• 2010 - "Clash of the Titans"
• 2011 - "Guerra dos Deuses: Imortais"
• 2012 - A Ira dos Titãs

atores

No filme de aventura Hércules em Nova York, onde estrelou, o pouco conhecido ator Ernest Graves apareceu na imagem do Thunderer. Além disso, em 1981, o filme de aventura de Desmond Davis, Clash of the Titans, foi lançado.

Desta vez, a imagem do Senhor do Olimpo foi experimentada pelo britânico, familiar ao público dos filmes "" (1986), "Rei Lear" (1983), "" (1979) e outras obras cinematográficas dignas de nota.

Em 2010, o filme para a família Percy Jackson e o Ladrão de Raios foi lançado. Eles jogaram nesta foto. Em 2011, foi lançado o filme "Guerra dos Deuses: Imortais", reencarnado como o principal dos deuses, dividindo set de filmagem com , e .

• Zeus sequestrou não apenas o sexo frágil. Reencarnado na forma de uma águia gigante, o árbitro dos destinos roubou um belo jovem, filho do troiano Tros - Ganimedes. O Thunderer deu a este pai homem jovem uma videira dourada, e Ganimedes recebeu a juventude eterna, tornando-se um "cozinheiro" que dava néctar e ambrosia aos deuses.
• Zeus possui uma capa mágica feita de pele de cabra - Aegis, que, como um escudo, tem propriedades protetoras. As lendas dizem que a filha do dono do raio - Atena - usava essa pele como um manto, prendendo nela um broche representando a Górgona Medusa.

• No século 5 aC, Olympia era o lar da terceira das sete maravilhas do mundo - uma estátua de mármore de Zeus, que superava até mesmo os templos em tamanho. O monumento foi construído pelo escultor Fídias, exigente quanto aos materiais, principalmente o marfim. Segundo rumores, 200 kg de ouro puro foram levados aos pés de Zeus e pedras preciosas. Infelizmente, a estátua gigante do Thunderer morreu após guerras e roubos.
• Zeus aparece tanto em obras cinematográficas quanto em telas de computador, por exemplo, no jogo Dota2 existe um herói que leva o nome do filho de Cronos e mata os oponentes com um raio.
• Zeus foi criado pela ninfa Kinosura. Depois que o Thunderer se tornou o governante do céu, ele a colocou entre as estrelas como um sinal de gratidão. Segundo outras lendas, Melissa criou a prole do titã, alimentando o menino com mel e leite de cabra, assim como a família do pastor, enquanto dava um ultimato de que todas as ovelhas seriam salvas dos lobos.

O poder de Zeus no Olimpo foi fortalecido de outra maneira. Ele entrou em relacionamentos ilegais por causa da procriação. Mas, o que é mais interessante, os filhos desses casamentos não canônicos não eram de forma alguma inferiores aos seus outros, legais. Pelo contrário, Zeus estabeleceu-se no Olimpo precisamente através das deusas que amava, pelas quais suportou a humilhação da ciumenta Hera e pelas quais teve de se entregar a truques.

Eurynome e o nascimento de Charit

EURINOME E O NASCIMENTO DE HARIT. A primeira esposa ilegítima de Zeus (de acordo com o número total de todos os seus sete casamentos - o terceiro) foi o Oceanid Eurynomus (Hes. Theog. 907-911). Ela deu à luz a Zeus três charmosas e adoráveis ​​Charites (grego charis - misericórdia). Eles personificavam o bom, alegre e eternamente jovem começo de vida. Os nomes de Harit são Aglaya (brilhante), Euphrosyne (bom pensamento), Falia (florescência). Aqui, a natureza se volta para o homem com seu lado benéfico, apesar dos elementos maléficos e destrutivos do arcaico.

Charites, pode-se dizer, são absolutamente necessários em um mundo aprovado por Zeus Olímpico e construído sobre harmonia e ordem. Bondade, carinho, alegria junto com grandes feitos, paixões e sofrimentos dos heróis são privilégio da mitologia clássica. Isso é algo que falta tanto no arcaico, que lhe era absolutamente estranho e que enobrece e eleva aos seus próprios olhos uma pessoa capaz de severa coragem e bondosa compaixão por sua própria espécie.

Deméter e o nascimento de Perséfone

DEMETRA E O NASCIMENTO DE PERSÉFONE. Mas acontece que Zeus também afirma ser um assistente na obtenção de meios de subsistência. Tendo entrado em uma relação ilegal com sua irmã Deméter (o quarto casamento consecutivo), a deusa da terra frutífera e da colheita, Zeus passa a ser responsável pela alimentação das pessoas, por sua vitalidade, por seu bem-estar físico (ibid. 912 -914). E se levarmos em conta que sua filha de Deméter, Perséfone, tornou-se esposa de Hades e dona do reino dos mortos, então Zeus, por assim dizer, já em sua descendência, retorna às funções do antigo divindade Zeus, o Subterrâneo, ou Chthonius, e não apenas o Zeus Celestial.

Mnemosine e o nascimento das Musas

Mnemosine e o nascimento das Musas. Ainda mais significativo união amorosa Zeus com o Titanide Mnemosyne (grego mnemosyne - memória), embora ele não seja consagrado por lei (o quinto casamento no total). Este casamento é absolutamente necessário para fortalecer Zeus no mundo dos valores culturais clássicos (ibid. 915-917; 56-62).

Afinal, sem memória e sem memória, o avanço é impensável, qualquer desenvolvimento é impossível. Zeus une-se à Memória (como anteriormente uniu-se ao Pensamento) e dá à luz nove irmãs, chamadas de Musas.

Essas Musas, nascidas em Pieria, levam o nome dos Olimpianos. Seus nomes - Calliope, Clio, Melpomene, Euterpe, Erato, Terpsichore, Thalia, Polyhymnia, Urania - indicam a ligação das Musas com o canto, a dança, a música e, em geral, com o refinado prazer do espírito. Urania (celestial) e Clio (dando glória) dotam a pessoa da capacidade de estudar o céu e a terra, o curso dos corpos celestes e dos assuntos terrenos.

Além disso, não mais história mitológica, mas real cultura antiga tinha todos os motivos para considerar Urania a padroeira dos estudos astronômicos e Clio - pesquisa histórica. Erato tornou-se a musa da poesia lírica, Euterpe - a música que acompanha a canção lírica, Calliope - poesia épica, Melpomene - tragédia, Polyhymnia - hinos, Terpsichore - dança e Thalia - arte cômica.

Essas nove musas olímpicas parecem ter sua origem nas três musas da mitologia arcaica, onde expressaram os primeiros primórdios da sabedoria da terra. As musas arcaicas eram reverenciadas não por cantores e poetas, mas pelos gigantes de Aloada (Pave. IX 29, 1-2), que uma vez fizeram sacrifícios no Monte Helikon e os deram nomes característicos- Meleta (Experiência), Mnema (Memória), Aoyda (Canção). Acontece que já houve as chamadas musas mais velhas, filhas de Urano e Gaia, e as que são de Zeus são as musas mais jovens. Assim, a mitologia pré-olímpica já tinha uma série de pré-requisitos para a formação não puramente física, mas de algumas necessidades e habilidades novas e superiores de uma pessoa que deveria navegar conscientemente pela vida, fixando seu conhecimento na memória e sentir um certo deleite de a alma.

Afinal, aparentemente, o passado ctônico das musas olímpicas se fez sentir na mitologia clássica, porque às vezes tiveram filhos de tipo claramente orgiástico e espontâneo, por exemplo, Corybantes e Sereias, junto com cantores de tempos heróicos como Orfeu e Lin .

Ouçamos o que Hesíodo, poeta e agricultor da aldeia de Askra, situada no sopé do Helikon, conta sobre as Musas Olímpicas.

Em "Teogonia" - um poema sobre o nascimento e as gerações dos deuses, uma das principais fontes da mitologia - Hesíodo conta, não constrangido com a improbabilidade dos acontecimentos, sobre seu encontro com as Musas nos picos do Helicon. Acontece que as nove irmãs olímpicas costumam dançar danças redondas ali, contornando o altar de Zeus e a fonte de água "violeta-escura". Eles lavam seus corpos nas correntes de Permes ou na primavera de Hipocrene (ele foi derrubado da rocha com um casco Cavalo alado Pegasus) e, em seguida, entregue-se à dança. Ao cair da noite, então, vestidas de névoa impenetrável, as Musas descem da montanha sagrada e descem, mais próximas do povo. Eles cantam canções maravilhosas, glorificando os grandes olímpicos - Zeus e Hera, Atena e Apolo com Artemis, Poseidon e Afrodite com Themis, Hebe, Dione e sua filha Leto, - os antigos titãs Jápeto e Cronos, Amanhecer e Noite, o Sol e o Lua, mãe Terra e águas oceânicas.

Foram essas musas olímpicas que conheceram Hesíodo quando ele estava pastando ovelhas no sopé de Helikon, contaram a ele sobre como elas eram hábeis em invenções astutas, sobre como você pode transformar histórias falsas na mais pura verdade.

Na verdade, as Musas revelaram a Hesíodo o segredo da ficção poética - o que hoje chamamos de fantasia. E depois entregaram a Hesíodo um cajado por eles esculpido em louro verde, a árvore dos cantores e poetas preferidos de Apolo. Apresentando seu presente, as Musas sopraram no pastor Hesíodo o dom de canções divinas. Sem que ele mesmo soubesse, Hesíodo deu um exemplo maravilhoso de uma compreensão fetichista da inspiração poética. Acontece que ele, como um ser vivo, vive em um louro e, portanto, em um cajado de louro, junto com o qual passa puramente fisicamente para a posse de Hesíodo.

Assim, as Musas ensinaram canções a Hesíodo e criaram um poeta, e ele, por sua vez, glorificou as filhas de Zeus na Teogonia (1-116).

Suas bocas emitem doces sons, aos quais não menos doces canções dos habitantes do Olimpo soam em resposta. As Musas cantam o mundo divino em toda a sua integridade, desde a Terra e o Céu até Zeus e seus descendentes. Como convém às divindades da mitologia clássica, eles não apenas dotam as pessoas com o dom de uma palavra agradável, mas cantam as leis estabelecidas por Zeus, a boa moral que reina no Olimpo, inspiram pensamentos razoáveis, extinguem a tristeza e interrompem as brigas.

Assim, as Musas fixam na memória das pessoas e na palavra poética todos os bons empreendimentos do Zeus Olímpico, sustentando, como os Charites, Oras e Moiras, o arranjo harmonioso do mundo, obediente às leis de Zeus e conscientemente significativo.

O verão dá à luz Zeus Apollo e Artemis

NASCIMENTO DE VERÃO ZEUS APOLO E ARTEMIS. Essas funções culturais comuns de Zeus são ainda mais fortalecidas no Olimpo com o nascimento de Apolo (Ges. Theog. 918-920).

A pobre Leto, perseguida pelo Herói, que proibiu a terra sólida de abrigar sua futura mãe, encontrou um lugar com dificuldade na hora de dar à luz. Ela vagueia pelas cidades, montanhas e ilhas da Grécia - ela esteve em Atenas, Mileto, Eubéia, Samotrácia, nas montanhas de Pelion, Ida, nas ilhas de Imbros, Lemnos, Lesbos, Knidos, Naxos, Paros, Skyros, Egina . E, finalmente, a rochosa Delos (então chamada Ortigia e estava flutuando, ou seja, não era uma terra sólida) dá-lhe abrigo em resposta ao apelo de Leto e seu juramento de que a ilha se tornará o refúgio sagrado de Apolo e será reverenciada por séculos glorificou o magnífico templo.

O verão sofre por nove dias. Ela é auxiliada no parto pela mãe de Zeus - Rhea, sua ex-esposa - Themis, mãe de Afrodite - Dione, esposa de Poseidon - Anfitrite. Apenas a malvada Hera atrasa Ilithyia, sua filha, a deusa do parto. No entanto, as deusas encontram uma saída. Eles subornam Ilithyia com ricos presentes. Então Leto, segurando a palmeira com as mãos, dá à luz Apolo bem no tapete macio do prado (de acordo com Apolodoro I 4, 1, Leto primeiro deu à luz Artemis, e com a ajuda dela - Apolo). E imediatamente a terra sorri, e as deusas, tendo lavado o bebê, torcem-no com um pano branco fino, amarram-no com um cinto dourado. Themis deixa néctar e ambrosia nos lábios da criança.

O cinto dourado se desfaz, as fraldas caem e agora Apolo exige um arco, uma lira e declara suas futuras profecias.

Tendo recebido o que queria, o "impressionante" Febo caminhou ao longo da terra, "as deusas ficaram estupefatas" e "Delos brilhava por toda parte, como ouro", como se tudo florescesse com flores da floresta. E a mãe Leto regozijou-se em seu coração, regozijando-se por ter dado à luz um filho tão poderoso (Hom. hino. I 25-139; Kallim. IV 55-274).

Assim, Summer, como esposa ilegítima de Zeus, experimentou a ira de Hera, mas também se revelou a feliz mãe dos gêmeos Apolo e Ártemis. E se a imagem de Ártemis, a virgem caçadora, está enraizada em antigas camadas da mitologia como a imagem da dona das florestas e dos animais, então Apolo é um exemplo de divindade na qual sua essência clássica tentou de todas as maneiras suprimir sua próprio passado arcaico.

A poderosa figura do brilhante deus solar, o arqueiro que pune monstros, Musaget (condutor das musas), o inspirado cantor, o sábio adivinho e curador, o patrono dos pastores, o construtor de cidades e o fundador da legislação, não poderia suplantar completamente o lobisomem, o destruidor de rebanhos de pastores, o demônio fitomórfico, o assassino sombrio de pessoas, o transmissor de doenças mortais, o destruidor de cidades.

Porém, quanto mais Zeus se fortalece no Olimpo, mais poder Apolo ganha, tornando-se gradativamente uma espécie de deus clássico universal, idêntico ao mundo da luz e, finalmente, a própria luz, brilhando, e até o Motorista Moir (Moiraget), segurando juntos toda a harmonia mundial. No final, esse universalismo de Apolo chega a tal ponto que os mitógrafos posteriores na encosta da antiguidade o identificarão com Zeus. Mas se você não entrar nos extremos da mitografia tardia, configurada filosófica e simbolicamente, então Apolo do período clássico é de fato, junto com Atena, um dos principais pilares do Olimpo e, em geral, o princípio heróico do ser. É verdade que, ao contrário de Atena, que era infalivelmente fiel ao pai, em Apolo há tendências perceptíveis à rivalidade com Zeus e à autoafirmação contra a vontade do pai.

Afrodite - filha de Dione

AFRODITE - FILHA DE DIONE. De acordo com a versão clássica tradicional de Homero (Il. V 370), Afrodite é filha de Zeus e da deusa Dione, que vive pacificamente com Hera no Olimpo. Segundo a versão antiga, ela nasceu do sangue de Urano castrado por Cronos, que caiu no mar. No entanto, a mitologia clássica, alheia ao ctonicismo grosseiro, transforma esse quadro sombrio e retrata o nascimento da deusa do amor e da beleza cheia de esplendor e esplendor, fora da qual os deuses olímpicos não são concebidos.

Impulsionada pelo sopro do Zephyr ao longo das ondas, Afrodite navegou para a ilha de Chipre em espuma arejada. As filhas de Zeus, Ora, encontram com alegria a deusa, vestindo-a com roupas imperecíveis, coroando sua cabeça com uma coroa de ouro, colocando brincos de ouro em suas orelhas e envolvendo um colar de ouro em seu pescoço. Acompanhado pela encantadora Or - Eunomia, Diki, Eirena - uma recém-chegada ao mundo, chamada Cyprida, marcha para os deuses do Olimpo. Aqueles, em sinal de saudação, apertam-lhe a mão direita e, maravilhados com a Afrodite de coroa violeta, inflamam-se de paixão para apresentar sua esposa em própria casa(Hom. hino. VI). A beleza e o poder de Afrodite estão sujeitos aos deuses (todos exceto Atena, Ártemis, Héstia), heróis e até animais selvagens - lobos cinzentos, ursos, leões de olhos de fogo, leopardos - abanando humildemente o rabo ao ver a deusa ( ibid. IV 2-72).

Assim, a misteriosa criatura, nascida na espuma sangrenta de Urano castrado, que caiu no mar (e Erínias e gigantes nasceram de gotas do mesmo sangue na terra), se transforma em uma Afrodite terna, sorridente e de coroa dourada, com curvas cílios, marcando isso, por assim dizer, o segundo nascimento de Zeus Olimpo e a afirmação da beleza nele.

Hermes - filho de Maya

HERMES - FILHO DE MAIA. O nascimento de Hermes também está associado a eventos surpreendentes no Olimpo (ibid. III). Se essa divindade antiga, pré-grega, talvez de origem molo-asiática, já foi um fetiche, uma pilha de pedras, um pilar de pedra (germe), que marcava cemitérios, limites de propriedade, portões da casa, sinais de proteção nas estradas , então a mitologia olímpica conhece outro Hermes. Este é filho de Zeus e Maya, uma das filhas de Atlas, neta do titã Iapetus. Ele nasceu em Arcádia. Sua mãe era uma ninfa da montanha que vivia em uma caverna sombria - um oread, que Zeus visitava à noite, quando a Hera "de cotovelo branco" dormia em paz.

O infante Hermes cresceu tão rápido quanto os outros filhos divinos de Zeus. Ele nasceu de manhã cedo, ao meio-dia já tocava cítara e à noite roubou vacas de Apolo.

Ele conseguiu fazer Kifara do casco de uma tartaruga que encontrou. Ele simplesmente estripou uma tartaruga com uma faca, depois cortou os talos de junco, reforçou-os na carapaça, cobriu-os com uma pele de boi, fez uma barra transversal, encaixou sete cordas com tripas de carneiro e imediatamente experimentou as cordas com uma palheta, cantando junto com seu jogando.

A primeira coisa que Hermes fez foi cantar sobre seu próprio nascimento, glorificando Zeus e Maya, bem como a casa de sua mãe e vida feliz nele. À noite, ele estava com uma fome terrível de carne e roubou um rebanho de vacas Apolo, conduzindo-as com astúcia (ele as conduziu para trás, enquanto ele próprio andava descalço, também para trás, jogando as sandálias no mar).

Tendo provado abundantemente a carne frita das duas vacas abatidas, tendo voltado para casa, tendo passado pelo buraco da fechadura, deitou-se no berço, agarrando a lira para si e conversando com sua mãe sobre seus futuros truques inteligentes, sonhando em quebrar a parede do templo de Delfos e roubar ouro lá.

No entanto, Hermes tem que se separar da lira, que dá a Apolo em troca de um rebanho, especialmente porque o deus irado ameaça jogar o ágil Hermes no nebuloso Tártaro, de onde nem pai nem mãe o tirarão. Reconciliados por Zeus no Olimpo, os meio-irmãos se apaixonaram. Além disso, Hermes entregou a Apolo uma flauta feita por ele, mas ele recebeu uma vara de ouro e a arte da adivinhação como presente de Apolo (Apollod. III 10, 2), tendo selado os presentes com juramento pelas águas do Estige.

Assim, de antigo demônio fetichista e enganador primitivo, Hermes, apenas um dia após seu nascimento, alcança a posição de assistente nos caminhos dos vivos e dos mortos (graças ao bastão de ouro) e, portanto, patrono dos heróis (o a lira é dada a Apolo para os construtores de Tebas, ele entrega a Perseu uma espada pelo assassinato de Medusa, Odisseu - uma erva mágica que salva da feitiçaria, etc.) e, portanto, um intermediário entre deuses e pessoas, o que era extremamente necessário para o clássico Olimpo.

Pan - neto ou filho de Zeus

PAN - NETO OU FILHO DE ZEUS. A alegre confusão no Olimpo foi causada pelo nascimento do neto de Zeus, filho de Hermes e da ninfa da árvore, filha de Dryop (em forma de carvalho), Pan (Hino doméstico. XIX). Essa divindade com os rudimentos do ctonicismo e do mixantropismo (lã, chifres de cabra, cascos) na mitologia clássica não apenas assusta aqueles que encontra com seus truques, mas também favorece as pessoas, guardando os rebanhos e aumentando a prole.

Um bebê terrível e barbudo, coberto de lã, foi jogado fora por sua mãe horrorizado, mas Hermes, pegando-o nos braços e envolvendo-o na pele de uma lebre da montanha, o trouxe para o Olimpo. Os deuses riram alegremente, olhando para um monstro tão fofo, chamaram-no, "todos" satisfeitos, Pan (grego pan - todos) e o adotaram em sua família. A posição de Pan no círculo olímpico dos deuses revelou-se tão forte que, segundo algumas versões, ele é até filho de Zeus e da ninfa arcádica Calisto ou Zeus e a deusa Hybris - Insolência, mentora de Apolo na adivinhação (Apollod. I 4, 1).

Nascimento de Dionísio, filho de Zeus e da mortal Semele

O NASCIMENTO DE DIONÍSIO, FILHO DE ZEUS E DA MULHER SEMELE. Outra divindade, Dionísio - a personificação das forças frutíferas da terra - também de origem ctônica, poderosa espontaneidade irracional e orgiasmo, acaba sendo filho de Zeus na mitologia clássica, que tem diferentes formas.

Ou este é o mais antigo Dionísio Zagreus (Grande Caçador), associado à mitologia cretense, filho de Zeus, a Serpente e Perséfone, ou não menos antigo Dionísio Iacchus, filho de Zeus e Deméter, associado à mitologia Elêusis do terra. Mas no nível olímpico, Dionísio é filho de Zeus e da mortal Semele, filha do rei tebano Cadmo.

Seu nascimento também é incomum, como todos os filhos de Kronion que não são parentes de Hera. No entanto, a astúcia de Hera também afetou aqui: ela fez de Zeus o assassino involuntário de Semele. Hera, assumindo a forma de uma velha babá, inspirou Semele com a ideia de exigir de Zeus sua aparição diante de sua amada em todo o seu poder divino. Preso por um juramento, Zeus apareceu diante de Semele, que esperava o nascimento de uma criança, em trovões e relâmpagos.

Quando trovões e relâmpagos incineraram Sêmele e queimaram sua torre, Dionísio, nascido prematuramente (tinha apenas seis meses de idade), foi arrancado das chamas por Zeus (Apolo também arrebatou seu filho Asclépio das chamas do fogo), costurado em seu coxa, levado para Tempo requerido e nasceu de novo pelo próprio pai (Ges. Theog. 940-942; Eurip. Bacchus. 1-9, 88-98, 266-297), assim como Atenas nasceu.

Zeus deu seu filho por mediação de Hermes para ser criado por ninfas nas distantes montanhas de Nisa, e o bebê cresceu em uma caverna perfumada, coberta com lúpulo e louro (Hino doméstico XXVI).

No entanto, Dionísio, que escapou milagrosamente da morte, foi perseguido pela ira de Hera, que o enlouqueceu, obrigando-o a vagar pelo Oriente até a Índia. Este é um deus violento, que, por sua vez, induz à loucura os inimigos, oponentes de seu culto (em seu parente, o rei tebano Penteu, no rei trácio Licurgo), correndo em êxtase, cercado por bacantes e bacantes, um lobisomem, para sempre mudando seu rosto, mutável como a própria natureza. Agora hera e videira, agora touro e cabra, leão e pantera, ele esmaga grilhões e paredes, liberta uma pessoa da vida medida usual e enfadonha (não é à toa que ele é Liei - o Libertador).

Tendo absorvido o orgiasmo da natureza, Dionísio permite que uma pessoa, limitada por instituições, tradições, leis, expresse o excesso de forças ocultas em todos, junte-se ao elemento divino ilimitado, sinta a imensidão da liberdade de quaisquer amarras, sinta sua próprio poder. Mas Dionísio, como divindade olímpica, não impede que seus adeptos retornem a uma vida pacífica e ativa, demonstrando a unidade da destruição e da criação, a harmonia, o infinito e o limite, a livre familiarização do homem com ambos. Dionísio, que em sua encarnação mais antiga foi despedaçado pelos Titãs e revivido por Atena, essa semideusa dos mitos clássicos, acaba alcançando as alturas do Olimpo e a imortalidade como recompensa por todos os seus sofrimentos e até afirma ser um dos doze grandes deuses olimpianos.

Nascido fora do Olimpo, Dionísio é especialmente característico da mitologia olímpica, pois em sua imagem, que vai às profundezas do ctonicismo, há tendências notáveis ​​​​de heroísmo crescente de todas as formas possíveis, que, graças a incríveis provações, sofrimentos e façanhas, irão rivalidade aberta com os deuses, embora nem sempre bem-sucedida, até punida pelos imortais, mas, no entanto, afirmada com ousadia pelos mortais.

No futuro, testemunharemos como os filhos de Zeus, que vieram ao mundo de maneira tão incrível, se tornarão ajudantes e intercessores de heróis que também nasceram de maneira inusitada do casamento de deuses e mortais e sonham com o milagre da vida imortal.

Portanto, o nascimento dos filhos de Zeus não é o excesso de fertilidade sem sentido do antigo ctonicismo com seus monstros respirando assassinato.

Os herdeiros de Zeus nasceram com grandes propósitos, eles ganham vida, cumprindo os elevados planos de seu pai, estabelecendo novos relacionamentos razoáveis, lutando contra toda irracionalidade e limpando a terra das forças destrutivas outrora geradas por Gaia e seus descendentes.