Tolstói A.K. Datas-chave da vida e da criatividade
O sobrenome Tolstoi, em nossa opinião, está intimamente associado à criatividade literária, e isso não é coincidência. Na prosa e na poesia russas, havia até três autores conhecidos que o usavam: Lev Nikolaevich, Alexei Konstantinovich e Alexei Nikolaevich Tolstoy. As obras escritas por eles não estão ligadas de forma alguma, mas os próprios autores estão unidos por laços de sangue, embora distantes. Todos eles são representantes de um grande ramo nobre. Tatyana Tolstaya, uma escritora moderna, aliás, também pertence a esse gênero. Embora o representante mais famoso deste nobre ramo seja, claro, Lev Nikolaevich, hoje o convidamos a conhecer a obra de Alexei Konstantinovich. As obras de Alexei Nikolaevich Tolstoy também merecem muita atenção. No entanto, este é um tópico para um artigo completamente diferente. Assim, por exemplo, o homônimo do poeta e escritor que nos interessa, Alexei Tolstoi, criou obras para crianças que ainda são muito populares e fascinantes até hoje.
Biografia de Tolstoi Alexei Konstantinovich
Alexei Konstantinovich Tolstoi (anos de vida - 1817-1875) - poeta, escritor, dramaturgo. Ele nasceu em São Petersburgo. Ele veio da família Razumovsky pelo lado materno (seu bisavô foi o último hetman da Pequena Rússia, e seu avô, A.K. Razumovsky, foi Ministro da Educação Pública do czar Alexandre I). O pai do futuro escritor é o conde K. P. Tolstoi, com quem a mãe se separou imediatamente após o nascimento do menino. Alexei Konstantinovich foi criado sob a orientação de sua mãe e do irmão dela, A. A. Perovsky, um escritor que incentivou os experimentos poéticos do jovem Tolstoi.
Em 1834 foi aceito no serviço do Ministério das Relações Exteriores, no arquivo de Moscou. Depois disso, ele estava no serviço diplomático. Tolstoi Alexei, cujas obras apresentaremos a seguir, recebeu o título de junker de câmara em 1843.
Histórias fantásticas e prosa romântica
No final da década de 1830 e início da década de 1840, ele criou romances fantásticos gravitando em torno do romance gótico, bem como prosa romântica: "Encontro em trezentos anos", "Família de Ghoul". Seu primeiro trabalho publicado é a história "Ghoul", escrita em 1841, criada sob o pseudônimo de Krasnorogsky. Ainda na década de 1840, Alexei Konstantinovich começou a trabalhar em um romance histórico chamado (concluído em 1861), ao mesmo tempo em que foram criadas várias baladas e poemas líricos, que surgiram um pouco mais tarde (nas décadas de 1850 e 60). Muitas obras de Alexei Tolstoi ganharam grande popularidade. Sua lista é a seguinte: "Kurgan", "My Bells", "Prince Mikhailo Repnin", bem como "Vasily Shibanov", etc.
Colaboração em Sovremennik
No início da década de 1850, Tolstoi tornou-se próximo de N. A. Nekrasov, I. S. Turgenev e outros escritores. Desde 1854, suas paródias e poemas literários são publicados no Sovremennik. Em colaboração com V. M. e A. M. Zhemchuzhnikovs (seus primos), obras satíricas de paródia foram publicadas sob o pseudônimo de Kozma Prutkov na seção Literary Jumble desta revista. A obra desse autor fictício tornou-se um espelho de fenômenos obsoletos da literatura e, ao mesmo tempo, criou uma imagem satírica de um burocrata que se dizia legislador do gosto artístico.
Tolstoi Alexei, cujas obras já eram numerosas, tendo se afastado da participação no Sovremennik, a partir de 1857 começou a ser publicado na Russkaya Conversation e, posteriormente, nas décadas de 1860 e 70, principalmente no Vestnik Evropy, bem como no "Boletim Russo ". Nessa época ele defendia os princípios do chamado " Pura arte", ou seja, independente de quaisquer ideias políticas, inclusive "progressistas".
Em 1861, Alexei Konstantinovich Tolstoi, cujas obras são discutidas neste artigo, finalmente deixou o serviço, que era muito oneroso para ele, e se concentrou totalmente na obra literária.
Em 1862, seu poema "Don Juan" foi publicado, o próximo - "Prince Silver" (romance). Em 1866, foi lançada a primeira parte de uma grande obra, a trilogia histórica A Morte de Ivan, o Terrível, dois anos depois, a segunda parte, Tsar Fyodor Ioannovich, e em 1870, a parte final, Tsar Boris.
legado lírico
Respondendo à pergunta sobre quais obras Alexei Tolstoi escreveu, não se pode deixar de observar suas letras. Em 1867 surge a primeira coletânea de poesias deste autor. Nos últimos dez anos de sua vida, ele escreveu baladas (1868 - "A Serpente Tugarin", 1869 - "A Canção de Harald e Yaroslavna", 1870 - "Roman Galitsky", 1871 - "Ilya Muromets", etc.). Havia também sátiras políticas em verso ("História do Estado Russo ...", publicada em 1883, "Sonho de Popov" - em 1882, etc.), poemas líricos e poemas (1874 - "Retrato", 1875 - "Dragão " ).
Características gerais da criatividade
A obra de Alexei Konstantinovich está imbuída da unidade de ideias filosóficas, motivos, emoções líricas. Pode-se notar o interesse por problemas como filosofia da história, antiguidade nacional, rejeição da tirania czarista - essas características da obra de Tolstoi se refletem em muitas de suas obras pertencentes a vários gêneros. O dispositivo ideal do país, correspondente ao russo figura nacional, Alexei Konstantinovich considerou a antiga Novgorod e Rus de Kiev. O modo de vida de Rus' naquela época parecia-lhe o seguinte: um alto nível de desenvolvimento várias artes, a importância de uma camada cultural como a aristocracia, o respeito do príncipe pela liberdade e dignidade pessoal dos cidadãos, a simplicidade dos costumes, a diversidade e amplitude das relações internacionais, principalmente com a Europa.
baladas
As baladas que retratam as imagens da Antiga Rus' são permeadas de lirismo, refletem o sonho apaixonado de seu criador de independência espiritual, bem como a admiração pelas naturezas heróicas que Alexei Tolstoi retratou na poesia épica folclórica. As obras, cuja lista é oferecida a você ("Matchmaking", "Ilya Muromets", "Kanut", "Alyosha Popovich" e outras baladas) são marcadas pelo fato de as imagens heróis lendários neles, tramas de eventos históricos ilustram o pensamento do autor, incorporam seus ideais (por exemplo, o príncipe Vladimir de Kiev). Em seus meios artísticos, eles se aproximam de alguns outros poemas líricos de Alexei Konstantinovich ("Você é minha terra ...", "Se você ama, então sem razão", "Blagovest", etc.).
As baladas de Tolstoi, retratando a era do fortalecimento do estado na Rus', são permeadas por um começo dramático. Suas tramas são os acontecimentos do reinado de Ivan, o Terrível, a quem o poeta considerava o expoente mais vívido do princípio da absorção pelo estado da autocracia individual e ilimitada.
As baladas "dramáticas" são mais tradicionais na forma do que as baladas "líricas", que datam principalmente do final da década de 1860 e início da década de 1870. No entanto, essas obras de Alexei Konstantinovich Tolstoi são marcadas pelo fato de ele ter agido como um poeta original, capaz de modificar a estrutura do gênero.
Por exemplo, em uma das baladas, "Vasily Shibanov", ele revisa a situação clássica de uma disputa com o rei de um súdito amante da liberdade, que se espalhou sob a influência das obras de F. Schiller. Transmitindo como Kurbsky denuncia Ivan, o Terrível, Tolstoi nos participantes desse conflito dramático - o boiardo rebelde e o czar - enfatiza o comum: ingratidão, desumanidade, orgulho. Aleksey Konstantinovich encontra a prontidão para sofrer pela verdade, a capacidade de auto-sacrifício em uma pessoa simples que se sacrifica por esta disputa poderes do mundo esse. Assim, o escravo obtém uma vitória moral sobre o rei e restaura com sua façanha o triunfo da verdadeira grandeza do homem sobre o imaginário. Como outras baladas "dramáticas" deste autor, "Vasily Shibanov" em termos de assunto e complexidade psicológica das imagens dos personagens, bem como abordagem ética do criador para eventos históricos aproxima-se das obras dos principais gêneros, escritas por Alexei Tolstoi. Vamos agora considerar essas obras.
Romances de Tolstói
Alexei Konstantinovich em seu romance "Prince Silver" retrata confrontos violentos em uma atmosfera de tirania desenfreada pessoas fortes e mostra que a arbitrariedade tem um efeito prejudicial na personalidade do monarca, bem como em seu ambiente. Neste trabalho, nota-se que, afastando-se do já corrompido círculo judiciário, às vezes até forçado a se esconder da opressão e da perseguição social, pessoas dotadas pertencentes a vários setores da sociedade não obstante "fazem história", protegem o país do ataque de inimigos externos, domine e descubra novas terras (Ermak Timofeevich, Mitka, Ivan Koltso, Príncipe Serebryany, etc.). O estilo deste trabalho está conectado com as tradições da história e novela histórica 1830, incluindo aquelas provenientes de histórias de Nikolai Vasilyevich Gogol como "Taras Bulba" e "Terrible Revenge".
Dramaturgia
Na trilogia dramática acima mencionada, o autor retratou a vida russa no final do século 16 - início do século 17. E nessas peças, a solução de vários problemas históricos e filosóficos é mais importante para ele do que a adesão exata aos fatos históricos . Aleksey Konstantinovich retrata a tragédia de três reinados, três autocratas: Ivan, o Terrível, obcecado com a ideia de que seu poder é de origem divina, o governante de coração mole Fedor e o sábio Boris Godunov, "um homem brilhante e ambicioso".
Tolstoi Alexei, cujas obras frequentemente retratavam épocas passadas, prestou grande atenção à criação de retratos originais, individuais e vívidos de figuras históricas. Sua grande conquista é a imagem do czar Fedor, que indica que na década de 1860 o escritor dominava os princípios do realismo psicológico. Em 1898, o Teatro de Arte de Moscou foi inaugurado com a produção da tragédia deste autor - "O Czar" Estas são as principais obras dramáticas de Alexei Tolstoi... A lista pode ser continuada, pois listamos apenas as principais.
sátira política
As características da perspectiva histórica de Alexei Konstantinovich foram refletidas em seu Por exemplo, por trás de tal trama anedótica, que estava na obra "O Sonho de Popov", a zombaria do autor dos liberais estava escondida. Nos poemas "Contra a corrente" ou, por exemplo, "Às vezes um feliz maio ..." e outros, a polêmica com os niilistas se refletiu. Na "História do Estado ..." Alexei Konstantinovich sujeitou fenômenos históricos ridículo impiedoso, ele acreditava que eles interferiam na vida da Rússia.
letras íntimas
Ao contrário das baladas e da dramaturgia, as letras íntimas desse autor eram estranhas à euforia do tom. Obras líricas sinceras e simples de Alexei Konstantinovich Tolstoi. Muitos deles são, por assim dizer, contos poéticos psicológicos ("Isso foi no início da primavera", "No meio de um baile barulhento, por acaso ...").
Música baseada nas obras de Alexei Konstantinovich
Alexei Konstantinovich introduziu elementos do estilo poético folclórico em seu trabalho, muitas vezes seus poemas estão próximos da música. Muitas criações criadas por Alexei Tolstoi foram musicadas. As obras (a lista inclui mais de 70 poemas) tornaram-se a base para os romances que foram escritos em suas palavras por P. I. Tchaikovsky, N. A. Rimsky-Korsakov, S. I. Taneev, M. P. Mussorgsky e outros.
Descendente de famílias famosas
O futuro escritor nasceu na família do conde Konstantin Petrovich Tolstoi, um consultor bancário, e Anna Alekseevna, nascida Perovskaya, filha natural do conde Alexei Kirillovich Razumovsky. Seu pai conquistou para ela e para os irmãos um título de nobreza e o sobrenome "Perovsky", e também deu uma educação completa.
O tio do pai era um famoso escultor e vice-presidente da Academia de Artes - Conde Fyodor Petrovich Tolstoi.
Os tios maternos são o escritor Aleksey Alekseevich Perovsky, conhecido naquela época (conhecido por nós sob o pseudônimo de Anton Pogorelsky), bem como Lev Alekseevich Perovsky, que mais tarde se tornou ministro do Interior, e o futuro governador-geral de Orenburg, Vasily Alekseevich Perovsky.
Quando o menino tinha apenas 6 semanas, o casamento de seus pais acabou e Anna Alekseevna levou seu filho para a Ucrânia, para a propriedade de seu irmão Alexei. Na prática, o tio tornou-se o principal educador de Alexei Konstantinovich. Por ser ele próprio um romancista famoso, conseguiu incutir no sobrinho desde cedo o amor pelos livros e criatividade literária. Foi Alexei Alekseevich quem posteriormente serviu de protótipo para Leo Tolstoi criar a imagem de Pierre Bezukhov no romance Guerra e Paz.
Em 1810, Perovsky trouxe sua irmã e sobrinho para São Petersburgo. Aqui, por dez anos, ele mantém relações amigáveis \u200b\u200bcom escritores famosos: A.S. Pushkin, V.A. Zhukovsky, K.F. Ryleev e outros. O sobrinho também ouve com interesse as discussões literárias.
Logo após a chegada, pelos esforços de Zhukovsky, Alexei é trazido como companheiro de brincadeiras para o futuro imperador russo Alexandre II, que na época também tinha oito anos. Os meninos se davam bem e mantinham boas relações por toda a vida. Posteriormente, a esposa do imperador também apreciou a personalidade e o talento de Tolstoi.
Em 1827, Alexei Konstantinovich, junto com sua mãe e tio, foi para a Alemanha, onde visitaram Goethe. Tolstoi guardará suas impressões de infância e o presente do grande escritor (um fragmento de uma presa de mamute) para longos anos. Em 1831, em negócios "comerciais", Perovsky foi para a Itália, onde também levou sua irmã e seu sobrinho. Alexei se apaixona tanto por este país, por suas obras de arte e monumentos históricos que, ao retornar à Rússia, há muito deseja as grandes cidades italianas. Nessa época, em seus diários, ele chama a Itália de "um paraíso perdido".
O início do serviço do soberano e as primeiras experiências literárias
Tendo recebido uma boa educação em casa, em março de 1834, Tolstoi ingressou no Arquivo Principal de Moscou do Ministério das Relações Exteriores como "estudante". Aqui seu interesse pela história é ainda mais desenvolvido.
O serviço não sobrecarrega particularmente Tolstoi - ele está ocupado no arquivo apenas dois dias por semana. O resto do tempo é dedicado vida secular. Mas participando de bailes e festas, ele dedica seu tempo a outras atividades - Tolstoi começa a se dedicar seriamente à literatura.
EM Próximo ano ele escreve seus primeiros poemas, que foram aprovados por V. Zhukovsky e até por Pushkin.
Em 1836, Tolstoi fez um exame na Universidade de Moscou e, a partir do ano seguinte, recebeu um cargo freelance na missão russa na Alemanha. Após a morte de Alexei Perovsky, ele recebe toda a sua grande fortuna em testamento. Em 1838-39, Tolstoi viveu na Alemanha, Itália e França. Aqui ele escreve suas primeiras histórias (em francês) - "A Família do Ghoul" e "Encontro em Trezentos Anos" (1839).
No ano seguinte recebeu o título de secretário colegiado. A partir de dezembro, Tolstoi foi transferido para o II Departamento da Chancelaria Imperial em São Petersburgo. Em 1841, Alexei Konstantinovich apareceu pela primeira vez na imprensa como escritor - seu livro “Ghoul. Obras de Krasnorogsky ”(o pseudônimo foi retirado do nome da propriedade Krasny Rog). VG Belinsky observou este trabalho como a criação de um talento muito jovem, mas muito promissor.
De 1842 a 1846, Tolstoi avança com sucesso escada de carreira obtendo posições cada vez mais altas.
Durante esses anos, ele se experimentou no gênero de poesia (o poema "Serebryanka" no "Folheto para Pessoas Seculares") e prosa (a história "Artemy Semyonovich Bervenkovsky, um fragmento de" Amém "do romance não escrito" Stebelovsky " ), escreve ensaios sobre o Quirguistão.
Em 1847-49, ele começou a escrever baladas da história da Rússia, ele planeja escrever o romance Prince Silver.
Todos esses anos, Alexei Konstantinovich leva uma vida típica de uma pessoa secular: não se preocupa com o serviço, viaja com frequência, participa de entretenimento social e flertando com mulheres. Ele é bonito, inteligente e cheio de energia.
anos cinquenta
Em 1850, Tolstoi viajou "com cheque" para a província de Kaluga. Ele até chama sua viagem de "exílio", mas é aqui que ele lê pela primeira vez seus poemas e capítulos do romance "Príncipe Prata" em público - na casa do governador, na presença de Nikolai Vasilyevich Gogol. No mesmo ano, o escritor adquire a propriedade Pustynka perto de São Petersburgo.
Em 1851 no palco Teatro de Alexandria a estreia da peça "Fantasy" de Tolstoi ocorre com um escândalo. Nicolau I o proíbe para exibição posterior. Mas o destino quase imediatamente "recompensa" o dramaturgo recém-formado por problemas - em um baile de máscaras ele conhece uma mulher inteligente, bonita e obstinada - Sofya Andreevna Miller (esposa de um coronel da guarda de cavalos, nee Bakhmetyeva), que em 1863 se tornará sua esposa. Após o início do caso com Tolstoi, ela imediatamente deixa o marido pela propriedade do irmão, mas a relutância categórica da mãe de Alexei Konstantinovich em vê-la como sua nora e a obstrução por parte do marido, que não dar-lhe o divórcio, leva dois pessoas amorosas ao casamento apenas 12 anos depois de se conhecerem.
Em 1852, Tolstoi, "usando sua posição oficial", se preocupou com sucesso em mitigar o destino de I.S. Turgenev, que foi preso por um artigo em memória de Gogol.
Dois anos depois, o escritor "sai" com suas obras no "Contemporâneo". Aqui são publicados seus poemas sobre a natureza ("Meus sinos", etc.), um ciclo de poesia humorística satírica começa a aparecer sob o pseudônimo de "Kozma Prutkov", que Tolstoi escreve junto com os irmãos Zhemchuzhnikov. No mesmo ano, Alexei Konstantinovich conheceu Leo Tolstoy.
Durante a Guerra da Criméia em 1855, Tolstoi deseja organizar uma milícia voluntária especial. Mas quando ele falha, ele entra no "regimento de rifle da família imperial". Eles não conseguiram chegar à frente das hostilidades, mas no inverno de 1855-56, a maior parte do regimento foi “derrubada” pelo tifo. Tolstoi também não escapou dessa doença. Sofya Andreevna veio cuidar dele, e telegramas eram enviados pessoalmente a Alexandre II todos os dias sobre o estado de saúde de Alexei Konstantinovich.
Após a coroação de Alexandre II (1856), da qual Tolstoi foi um convidado de honra, o imperador promoveu seu "velho amigo" a tenente-coronel e nomeado ajudante de ala.
No ano seguinte, duas pessoas próximas ao escritor morreram - sua mãe e seu tio, Vasily Alekseevich. Alexei Konstantinovich convida seu pai para o funeral de sua mãe. A partir dessa época, passou a enviar-lhe uma pensão, cerca de 4 mil rublos por ano. Ao mesmo tempo, ele instala sua amada mulher com seus parentes em sua propriedade Pustynka perto de São Petersburgo.
Em janeiro de 1858, Tolstoi voltou a Petersburgo. Este ano, seu poema "The Sinner" é publicado na "Russian Conversation", publicada pelos eslavófilos, e no próximo ano - "João de Damasco".
O Imperador concede a Tolstoi a Ordem de São Estanislau, 2ª classe.
Desde 1859, Alexei Konstantinovich foi demitido por tempo indeterminado das funções de ajudante de campo e se estabeleceu em uma de suas propriedades, Pogoreltsy. O escritor ingressa na Sociedade dos Amantes da Literatura Russa, começa a trabalhar no poema "Don Juan".
Trabalhador autonomo
Desde 1860, por dez anos, Tolstoi passa a maior parte do tempo na Europa, vindo apenas ocasionalmente para a Rússia.
Em 1861, junto com seus camponeses no Red Horn, ele celebra sua libertação da servidão. No outono, ele escreve uma carta de demissão a Alexandre II. Em 28 de setembro, ele recebe uma resposta positiva e um cargo honorário e não vinculativo de Jägermeister com o posto de Conselheiro de Estado.
Até meados de janeiro de 1862, o escritor leu seu novo romance Prince Silver em reuniões com a Imperatriz com grande sucesso. Ao final das leituras, ele recebe um valioso presente da imperatriz (um maciço chaveiro de ouro em forma de livro com anotações memoráveis). No mesmo ano, seu poema "Don Juan" e o romance "Prince Silver" são publicados no "Russian Messenger". No inverno, o escritor parte para a Alemanha.
Em abril do ano seguinte, após muitos anos de espera, eles se casam com Sofya Mikhailovna em Igreja Ortodoxa Dresden. A esposa retorna à sua terra natal e Tolstoi permanece para tratamento.
A imperatriz torna-se novamente o primeiro ouvinte de seu novo trabalho. Em julho de 1864, em Schwalbach, ele leu para a Imperatriz e seu séquito "A Morte de Ivan, o Terrível". No início de 1866, a tragédia foi publicada na revista Otechestvennye Zapiski. 1867 - encenado com grande sucesso Alexandrinsky Theatre em São Petersburgo. Em 1868, graças a uma maravilhosa tradução da poetisa Karolina Pavlova, o público do teatro da corte do duque de Weimar a vê. No mesmo ano, Tolstoi escreveu a paródia "História do Estado Russo de Gostomysl a Timashev" em verso. Em 83 estrofes, o escritor conseguiu encaixar a história da Rus' de 860 a 1868. A obra foi publicada após a morte de Tolstói.
Após a transformação de Vestnik Evropy em uma revista literária geral, Alexei Konstantinovich frequentemente publica seus trabalhos nela. Aqui estão seus épicos e poemas, a segunda e terceira partes da trilogia sobre Ivan, o Terrível (1868, 1870), história autobiográfica no verso "Retrato" e uma história poética "Dragão".
A saúde de Tolstói está piorando. Ele sofre de asma e terríveis dores de cabeça nevrálgicas. De 1871 até a primavera de 1873, o escritor viajou para a Alemanha e a Itália para tratamento. Ele melhora um pouco. Em 1873, ele até enviou um novo poema, "Popov's Dream", para impressão. Em dezembro, foi eleito membro correspondente da Academia de Ciências de São Petersburgo no departamento de língua e literatura russa.
No ano seguinte, o escritor piora. Ele está sendo tratado na Rússia e no exterior. Eventualmente, ele recebe morfina prescrita, que é o começo do fim.
Em 28 de setembro (10 de outubro) de 1875, durante um forte ataque de dor de cabeça, Alexei Konstantinovich injetou morfina em excesso, o que o levou à morte.
Ele morreu em sua propriedade Krasny Rog (agora o distrito de Pochepsky da região de Bryansk) e foi enterrado aqui.
Fatos interessantes:
Tolstói era famoso por sua força: ele desentortava ferraduras e cravava pregos na parede com o dedo.
Alexey Konstantinovich gostava de espiritualismo: ele leu os livros relevantes e até assistiu às sessões do espírita inglês Hume, que viajou pela Rússia.
Ele era um caçador ávido, mais de uma vez sozinho foi com um chifre para um urso.
1. Alexey Alekseevich Perovsky(pseudônimo - Anthony Pogorelsky; 1787-1836) - escritor russo, membro Academia Russa(1829). Irmão de estadistas conta L. A. e V. A. Perovsky, tio de Alexei Tolstoy e irmãos Alexei e Vladimir Zhemchuzhnikov.Um proeminente escritor de prosa das décadas de 1920 e 1930, que publicou suas obras sob o pseudônimo de "Antony Pogorelsky", cultivou em seu sobrinho o amor pela arte e incentivou seus primeiros experimentos literários. ()
6. Manor "Pustynka"- não muito longe da estação de Sablino, à direita, margem alta e íngreme do rio Tosna, ficava a propriedade Pustynka, comprada em 1850 pela mãe do escritor Anna Alekseevna Tolstaya.
Os Tolstoi construíram uma mansão de pedra no estilo gótico inglês (arquiteto V.Ya. Langvagen, projetado por A.I. Stackenschneider). O conjunto incluía ainda um anexo para hóspedes, um escritório, cavalariças, cocheira, etc., unidos por uma unidade de design. Muitas pessoas costumavam visitar Tolstoi aqui. escritores e cientistas, incluindo I.A. Goncharov, N. I. Kostomarov, I. S. Turgenev, A.A. Fet, Ya.P. Polonsky e muitos outros. etc. Após a morte de Tolstoi em 1875, a propriedade passou para a posse de S.A. Khitrovo. Em 1912, um incêndio destruiu quase todos os edifícios; Atualmente, duas lagoas e fragmentos do parque foram preservados. Moderno endereço: Nikolskoye, Tosnensky distrito de Leningradskaya região (
Tolstói (Conde Alexei Konstantinovich) - poeta famoso e dramaturgo. Nasceu em 24 de agosto de 1817 em São Petersburgo. Sua mãe, a bela Anna Alekseevna Perovskaya, aluna do conde A.K. Razumovsky, casou-se em 1816 com um viúvo idoso, conde Konstantin Petrovich Tolstoy (irmão do famoso medalhista Fyodor Tolstoy). O casamento foi infeliz; entre os cônjuges logo houve uma lacuna aberta. Na autobiografia de Tolstói (sua carta a Angelo De Gubernatis no 1º vol. das "Obras" de Tolstói), lemos: "Mais seis semanas fui levado para a Pequena Rússia por minha mãe e meu tio materno, Alexei Alekseevich Perovsky, mais tarde um curador da Universidade de Kharkov e conhecido na literatura russa sob o pseudônimo de Anton Pogorelsky. Ele me criou e meus primeiros anos foram passados em sua propriedade. " Aos oito anos, Tolstoi, com sua mãe e Perovsky, mudou-se para Petersburgo. Por meio de um amigo de Perovsky - Zhukovsky - o menino também foi apresentado ao herdeiro do trono de oito anos, mais tarde imperador Alexandre II, e estava entre as crianças que iam ao czarevich aos domingos para jogos. A relação assim iniciada continuou ao longo da vida de Tolstoi; esposa de Alexandre II, a imperatriz Maria Alexandrovna, também apreciou a personalidade e o talento de Tolstoi
Em 1826, Tolstoi foi para a Alemanha com sua mãe e seu tio; a visita a Goethe em Weimar e o fato de ele estar sentado no colo do grande ancião ficaram especialmente gravados em sua memória. A Itália o impressionou de forma extraordinária, com suas obras de arte. "Começamos", escreve ele em sua autobiografia, "de Veneza, onde meu tio fez aquisições significativas no antigo Palácio Grimani. De Veneza fomos para Milão, Florença, Roma e Nápoles - e em cada uma dessas cidades meu entusiasmo cresceu em eu.” e amor pela arte, de modo que ao voltar para a Rússia caí em uma verdadeira “doença pela pátria”, em algum tipo de desespero, pelo qual não queria comer nada durante o dia, e ao noite eu chorei quando meus sonhos me levaram ao meu paraíso perdido ". Tendo recebido um bom treinamento doméstico, em meados dos anos 30, Tolstoi juntou-se aos chamados "jovens de arquivo" que estavam vinculados ao Arquivo Principal de Moscou do Ministério das Relações Exteriores. Como "aluno dos arquivos", em 1836 foi aprovado no exame da Universidade de Moscou "nas ciências que compunham o curso da antiga faculdade verbal", e foi adicionado à missão russa no Sejm alemão em Frankfurt am Main. No mesmo ano, Perovsky morreu, deixando-lhe toda a sua grande fortuna. Mais tarde, Tolstoi serviu no II Departamento da própria Chancelaria de Sua Majestade Imperial, teve uma patente na corte e, continuando a viajar para o exterior com frequência, levou uma vida secular.
Em 1855, durante a Guerra da Crimeia, Tolstoi quis organizar uma milícia voluntária especial, mas não conseguiu, e ele se juntou às fileiras dos caçadores do chamado "regimento de fuzileiros da família imperial". Ele não teve que participar das hostilidades, mas quase morreu de tifo grave, que reivindicou uma parte significativa do regimento perto de Odessa. Durante sua doença, a esposa do Coronel S.A. cuidou dele. Miller (née Bakhmetyeva), com quem se casou mais tarde. Suas cartas para sua esposa, relativas a anos recentes sua vida, respiram a mesma ternura dos primeiros anos deste casamento tão feliz. Durante a coroação em 1856, Alexandre II nomeou Tolstoi como ajudante de campo e, então, quando Tolstoi não quis ficar em serviço militar, Jagermeister. Nesta categoria, sem prestar qualquer serviço, permaneceu até à sua morte; apenas pouco tempo ele era um membro do comitê sobre cismáticos. A partir de meados dos anos 60, sua saúde outrora heróica - ele desentortou ferraduras e enrolou os dentes dos garfos com os dedos - foi abalada. Portanto, ele viveu principalmente no exterior, no verão em vários resorts, no inverno na Itália e no sul da França, mas também viveu por muito tempo em suas propriedades russas - Pustynka (perto da estação Sablino, perto de São Petersburgo) e Krasny Rog (distrito de Mglinsky, província de Chernigov, perto da cidade Pochep), onde morreu em 28 de setembro de 1875. Em sua vida pessoal, Tolstoi é um raro exemplo de pessoa que não apenas evitou as honras que vieram ao seu encontro em todos os possíveis caminho, mas também teve que suportar uma luta extremamente dolorosa para ele com pessoas que sinceramente desejavam o bem para ele e dando-lhe a oportunidade de avançar e alcançar uma posição de destaque. Tolstoi queria ser "apenas" um artista. Quando no primeiro trabalho principal dele - um poema dedicado a vida mental o cortesão - o poeta João de Damasco - Tolstoi disse sobre seu herói: "Amamos o califa João, ele, naquele dia, honra e carinho" - esses eram traços autobiográficos. No poema, João Damasceno apela ao califa com a seguinte oração: “Nasci um simples cantor, com verbo livre para louvar a Deus... Oh, deixa-me ir, califa, deixa-me respirar e cantar à vontade. " Encontramos exatamente os mesmos fundamentos na correspondência de Tolstoi. Excepcionalmente suave e gentil, ele teve que reunir todas as suas energias para recusar a proximidade com o Soberano, que, quando adoeceu perto de Odessa, foi telegrafado várias vezes ao dia sobre seu estado de saúde. Certa vez, Tolstoi hesitou: parecia atraente para ele estar com o Soberano, como ele disse em uma carta a ele, "Um destemido contador da verdade" - mas Tolstoi simplesmente não queria ser um cortesão em nenhum caso . Sua correspondência refletia claramente a alma incrivelmente nobre e pura do poeta; mas disso fica claro que sua personalidade elegante era desprovida de força e ansiedade, o mundo das sensações fortes e os tormentos da dúvida eram estranhos para ele. Isso marcou toda a sua obra.
Tolstoi começou a escrever e imprimir muito cedo. Já em 1841, sob o pseudônimo de Krasnorogsky, foi publicado seu livro "Ghoul" (São Petersburgo). Posteriormente, Tolstoi não deu importância a ele e não o incluiu em suas obras completas; só foi republicado em 1900 por um amigo pessoal de sua família, Vladimir Solovyov. Esse - história de fantasia no estilo de Hoffmann e Pogorelsky-Perovsky. Belinsky o recebeu muito cordialmente. Um longo período de tempo separa a primeira e fugaz aparição impressa de Tolstói do início real de sua carreira literária. Em 1854, ele apareceu em Sovremennik com uma série de poemas (My Bells, Oh Haystacks, etc.), que imediatamente chamaram a atenção para ele. Suas conexões literárias datam dos anos quarenta. Ele conhecia bem Gogol, Aksakov, Annenkov, Nekrasov, Panaev e especialmente Turgenev, que foi libertado do exílio que se abateu sobre ele em 1852 graças aos esforços de Tolstoi. Tendo se juntado brevemente ao círculo Sovremennik, Tolstoi participou da compilação de um ciclo de poemas humorísticos que apareceram no Sovremennik em 1854-55 sob famoso pseudônimo Kuzma Prutkov (ver). É muito difícil determinar o que exatamente pertence a Tolstoi aqui, mas não há dúvida de que sua contribuição não foi insignificante: o traço humorístico era muito forte nele. Ele possuía o dom de uma zombaria muito sutil, embora bem-humorada; muitos de seus melhores e mais famosos poemas devem seu sucesso precisamente à ironia derramada neles (por exemplo, "Haughtiness", "Nos portões de comando"). As travessuras humorísticas e satíricas de Tolstoi contra as correntes dos anos 60 ("Às vezes um feliz maio", "Então um herói", etc.) tiveram muita influência na má atitude para com ele de uma certa parte da crítica. Um lugar de destaque é ocupado por passagens humorísticas no ciclo de adaptações de histórias épicas de Tolstói. Nunca constrangido em suas travessuras humorísticas por considerações estranhas, este, na opinião de muitos de seus oponentes literários, o poeta "conservador" escreveu vários poemas humorísticos, que ainda não estão incluídos na coleção de suas obras e (sem contar publicações estrangeiras) encontrados seu caminho para a impressão apenas nos anos oitenta. Entre esses poemas, dois são especialmente famosos: "Um esboço da história russa de Gostomysl a Timashev" ("Antiguidade Russa", 1878, v. 40) e "Sonho de Popov" (ib., 1882, nº 12). O primeiro deles é uma revisão humorística de quase todos os principais acontecimentos da história da Rússia, com um refrão constante: "Não há ordem". O poema é escrito em um tom deliberadamente vulgar, o que não impede que algumas características sejam muito precisas (por exemplo, sobre Catarina II: “Madame, com você, a ordem prospera maravilhosamente”, Voltaire e Diderot escreveram a ela com cortesia, “apenas o as pessoas de quem você é a mãe precisam dar liberdade, dar liberdade logo." Ela se opôs a eles: "Messieurs, vous me comblez", e imediatamente prendeu os ucranianos no chão.") "O sonho do conselheiro de Estado Popov" é ainda mais cômico. O círculo eslavófilo de Moscou gostou especialmente, em seu órgão, "Conversação Russa", apareceram dois poemas de Tolstói: "O Pecador" (1858) e "João de Damasco" (1859). , onde o poema dramático "Don Juan" (1862), o romance histórico "Prince Silver" (1863) e uma série de poemas satíricos arcaicos que ridicularizam o materialismo dos anos 60 foram publicados. Em 1866, foi publicada a primeira parte da trilogia dramática de Tolstói, A Morte de Ivan, o Terrível, que em 1867 foi encenada no Teatro Alexandrinsky de São Petersburgo e foi um grande sucesso, apesar de a rivalidade dos atores ter privado o drama de um bom intérprete do papel-título. No ano seguinte, esta tragédia, em excelente tradução de Karolina Pavlova (ver), também com grande sucesso, foi encenada no teatro da corte do grão-duque de Weimar, amigo pessoal de Tolstói. Com a transformação em 1868 do Vestnik Evropy em um jornal literário geral, Tolstoi tornou-se seu colaborador ativo. Aqui, além de vários épicos e outros poemas, foram colocadas as outras duas partes da trilogia - "Tsar Fedor Ioannovich" (1868, 5) e "Tsar Boris" (1870, 3), a poética história autobiográfica "Retrato " (1874, 9) e escrito na história de estilo Dante no verso "Dragão". Após a morte de Tolstoi, o drama histórico inacabado Posadnik e vários pequenos poemas foram publicados. Menos ainda, o romance extremamente popular de Tolstói, O Príncipe de Prata, destaca-se por seu mérito artístico, embora seja indubitavelmente adequado como uma leitura para a juventude e para o povo. Também serviu de enredo para muitas peças do repertório folclórico e histórias de lubok. A razão para tal popularidade é a disponibilidade de efeitos e entretenimento externo; mas o romance faz pouco para atender aos requisitos de um desenvolvimento psicológico sério. Os rostos são definidos de forma muito esquemática e em uma cor, na primeira aparição no palco eles recebem imediatamente uma certa iluminação e ficam sem desenvolvimento adicional não apenas ao longo do romance, mas também no epílogo separados por 20 anos. A intriga é realizada de forma muito artificial, num estilo quase fabuloso; tudo é feito por comando pique. Personagem principal, segundo o próprio Tolstói, seu rosto é totalmente incolor. O restante dos rostos, com exceção de Grozny, é feito de acordo com o estêncil condicionalmente histórico estabelecido desde a época de "Yuri Miloslavsky" para retratar a antiga vida russa. Embora Tolstoi tenha estudado a antiguidade, na maioria das vezes não de fontes primárias, mas de manuais. Mais fortemente refletido em sua influência romance músicas folk, épicos e "Canções sobre o comerciante Kalashnikov" de Lermontov. O autor conseguiu o melhor de tudo na figura de Ivan, o Terrível. Aquela indignação sem limites que toma conta de Tolstoi toda vez que ele fala da fúria de Ivan, o Terrível, deu-lhe forças para romper com o remorso condicional diante da antiga vida russa. Comparado com os romances de Lazhechnikov e Zagoskin, que se preocupavam ainda menos com a reprodução real da antiguidade, o príncipe Serebryany, no entanto, é um passo à frente. Incomparavelmente mais interessante é Tolstoi como poeta e dramaturgo. formulário externo Os poemas de Tolstoi nem sempre estão na mesma altura. Além dos arcaísmos, aos quais até mesmo um conhecedor de seu talento como Turgenev era muito reservado, mas que podem ser justificados por sua originalidade, Tolstoi se depara com sotaques incorretos, rimas insuficientes, expressões desajeitadas. Seus amigos mais próximos apontaram isso para ele e, em sua correspondência, ele repetidamente se opõe a essas reprovações bastante benevolentes. No campo do lirismo puro, o melhor, segundo a constituição mental pessoal de Tolstói, conseguiu uma tristeza leve e graciosa, não causada por nada específico. Em seus poemas, Tolstoi é um poeta descritivo por excelência, fazendo pouca psicologia. atores. Então, "The Sinner" termina exatamente onde ocorre o renascimento da prostituta recente. Em O dragão, de acordo com Turgenev (no obituário de Tolstoi), Tolstoi "atinge quase a imagem e a força de Dante"; e, de fato, as descrições são estritamente mantidas no estilo de Dante. De interesse psicológico dos poemas de Tolstoi é apenas "João de Damasco". O severo abade, na forma de total humildade de orgulho interior, proíbe a criatividade poética de um cantor inspirado que se retirou do esplendor do pátio para um mosteiro para se entregar à vida espiritual interior. A situação é altamente trágica, mas termina com um compromisso: o abade tem uma visão, após a qual permite que Damaskinus continue a compor hinos. A individualidade poética de Tolstoi foi mais claramente refletida em baladas históricas e adaptações de histórias épicas. Das baladas e lendas de Tolstoi, "Vasily Shibanov" é especialmente famoso; em termos de imagética, concentração de efeitos e linguagem forte, este é um dos os melhores trabalhos Tolstói. Sobre os poemas de Tolstói escritos no antigo estilo russo, pode-se repetir o que ele mesmo disse em sua mensagem a Ivan Aksakov: "Julgando-me com bastante rigor, você descobre em meus poemas que há muita solenidade neles e pouca simplicidade." Os heróis dos épicos russos na imagem de Tolstoi se assemelham aos cavaleiros franceses. É bastante difícil reconhecer o verdadeiro ladrão Alyosha Popovich, com olhos invejosos e mãos raspadas, naquele trovador que, tendo cativado a princesa, cavalga com ela em um barco e lhe faz tal discurso: "... renda-se, renda-se, alma de donzela! Eu te amo princesa "Eu quero te pegar, querendo ou não, você deve me amar. Ele joga seu remo, pega a harpa sonora, o contorno da voz trêmula ressoou com canto maravilhoso ... "Apesar de, no entanto, o estilo um tanto convencional das reformulações épicas de Tolstói, em seu arcaísmo elegante, grande ostentação e beleza peculiar, não pode ser negado. Como se antecipasse sua morte iminente e resumisse todas as suas atividade literária, Tolstoi no outono de 1875 escreveu um poema "Nuvens transparentes movimento calmo", onde, entre outras coisas, ele diz sobre si mesmo:
Tudo chegou ao fim, aceite isso e você
Uma cantora que segurava uma bandeira em nome da beleza.
Essa autodefinição quase coincide com o que muitos críticos "liberais" disseram sobre Tolstoi, que chamou sua poesia de representante típico da "arte pela arte". E, no entanto, a inscrição de Tolstoi exclusivamente na categoria de representantes da "arte pura" só pode ser aceita com reservas significativas. Naqueles mesmos poemas sobre antigos enredos russos em que sua individualidade poética foi mais fortemente afetada, muito mais do que uma "bandeira da beleza" foi hasteada: os ideais políticos de Tolstói são expressos imediatamente, ali mesmo ele luta com ideais de que não gosta. EM politicamente ele é um eslavófilo neles melhor sentido palavras. É verdade (na correspondência), ele mesmo se autodenomina o ocidentalista mais resoluto, mas a comunicação com os eslavófilos de Moscou deixou uma marca brilhante nele. O "Dia" de Aksakov publicou o outrora sensacional poema "Senhor, você é nosso pai", onde, em sua forma humorística favorita, Tolstoi descreve a reforma petrina como uma "lama" que o "soberano Pyotr Alekseevich" cozinha com cereais obtidos "no exterior" ( seu supostamente "weedy"), mas interfere com o "pau"; mingau "krutenka" e "sal", "crianças" vão desembaraçá-lo. EM velha Rus' Tolstói é atraído, porém, não pelo período de Moscou, ofuscado pela crueldade de Grozny, mas pela Rus de Kiev, veche. Quando Potok, o Bogatyr, acordando após um sono de cinco séculos, vê o servilismo da multidão diante do rei, fica “surpreso com a parábola” assim: “se ele é um príncipe, ou um rei no final , por que eles estão varrendo o chão na frente dele com uma barba? Nós honramos os príncipes, mas não dessa forma "Sim, e isso é o suficiente, estou realmente na Rússia? O Senhor nos salve do Deus terreno! Somos comandados por escritura para reconhecer estritamente apenas o Deus celestial!" Ele "tortura o sujeito que se aproxima: onde está o veche reunido aqui, tio?" Em "The Tugarin Snake" o próprio Vladimir proclama o seguinte brinde: "ao antigo veche russo, ao livre, ao honesto povos eslavos , pelo sino eu bebo Novgrado, e mesmo que caia no pó, deixe seu toque viver no coração dos descendentes categoria de escritores francamente retrógrados. Isso aconteceu porque, tendo deixado a "bandeira da beleza", ele se lançou na luta dos movimentos sociais e com muita sensibilidade começou a ofender os "crianças" do tipo Bazárov. Não gostava deles principalmente porque "eles não toleram o toque , dê-lhes os bens do bazar, tudo o que não podem pesar, não t medida, todos eles gritam, você precisa foder com isso. Para lutar contra esse “ensino sujo”, Tolstoi chamou “Pantelei, o Curandeiro”: “e nessas pessoas, soberano Pantelei, você não tem pena dos retorcidos. " E assim, ele próprio atua no papel de Panteley, o Curandeiro, e começa a acenar com o bastão retorcido. Não se pode dizer que o acenou com cuidado. Esta não é uma ironia bem-humorada sobre os "materialistas", "cujos limpadores de chaminés são mais alto que Raphael", que floresce nos jardins embora t devem ser substituídos por nabos e acreditam que os rouxinóis “devem ser exterminados assim que se tornarem inúteis”, e os bosques devem ser transformados em locais “onde a carne gorda se alimente do assado”, etc. Ampliando amplamente o conceito do “ Comuna russa”, Tolstoi acredita que seus adeptos “todos querem estragar pelo bem da felicidade comum”, que “eles consideram pouco estranhos, quando precisam de algo, arrastam e agarram”; "suas multidões estão todas brigando, assim que abrem seu próprio fórum, e individualmente todos juram líder verbal. Todos concordam em apenas uma coisa: se você confiscar a propriedade dos outros e dividi-la, a luxúria começará." Na verdade, não é difícil lidar com eles: "para que o estado russo seja salvo de sua ideia, pendure Stanislav no pescoço de todos os líderes". Tudo isso despertou em muitos uma atitude hostil em relação a Tolstói, e ele logo se sentiu na posição de um escritor movido pela crítica. O carácter geral da sua actividade literária e depois dos atentados que lhe sobrevieram manteve-se o mesmo, mas a rejeição foi "um grito ensurdecedor: rendei-vos, cantores e artistas! Aliás, as vossas ficções são positivas na nossa época!" passou a ceder de forma menos áspera, simplesmente apelando aos seus semelhantes: "remar juntos, em nome da beleza, contra a corrente". Por mais característica que seja a luta em si, na qual entrou o poeta, que se considerava exclusivamente um cantor da "beleza", não se deve, porém, exagerar o seu significado. Tolstoi não era um "poeta lutador", como alguns críticos o chamam; muito mais próximo da verdade está o que ele mesmo disse sobre si mesmo: “Não sou um lutador de dois campos, mas apenas um convidado aleatório, na verdade ficaria feliz em levantar minha boa espada, mas uma disputa com ambos ainda é meu lote secreto, e nenhum deles faz um juramento poderia me atrair." - No campo do drama histórico russo, Tolstoi pertence a um dos primeiros lugares; aqui ele perde apenas para Pushkin. O drama histórico e cotidiano "Posadnik", infelizmente, ficou inacabado. O poema dramático "Don Juan" foi concebido por Tolstói não apenas como um drama, para cuja criação o autor não precisa transformar sua própria psicologia nos personagens dos personagens, mas também como uma obra lírico-filosófica; enquanto isso, o calmo, virtuoso e quase "monógamo" Tolstói não podia ser imbuído da psicologia do insanamente apaixonado Don Juan, sempre em busca de uma mudança de impressões. A ausência de paixão no temperamento pessoal e literário do autor levou ao fato de que a essência do tipo Don Juan empalideceu completamente na imagem de Tolstoi: é a paixão em seu Don Juan que não existe. Assim, a trilogia de Tolstói ganha destaque entre as obras dramáticas de Tolstói. O mais famoso por muito tempo gostou da primeira parte - "A Morte de Ivan, o Terrível". Isso se deve principalmente ao fato de que até recentemente era a única encenada no palco - e a encenação das tragédias de Tolstoi, da qual ele mesmo cuidou tanto, tendo escrito uma instrução especial para ela, tem grande importância para estabelecer a reputação de suas peças. A cena, por exemplo, em que uma multidão de bufões corre para o moribundo John, em cumprimento a uma ordem que acaba de ser dada a ele, com um estrondo e um assobio, não causa nem um décimo da impressão ao ler, como no palco . Outra razão para a recente maior popularidade de A Morte de Ivan, o Terrível, é que ao mesmo tempo foi a primeira tentativa de trazer o czar russo ao palco não nos quadros usuais de grandeza lendária, mas nos contornos reais de uma vida personalidade humana. À medida que esse interesse pela novidade diminuiu, também diminuiu o interesse por A morte de Ivan, o Terrível, que agora raramente é encenada e geralmente cedeu lugar a Fyodor Ioannovich. A dignidade duradoura da tragédia, além de detalhes muito coloridos e linguagem forte , é uma harmonia extraordinária no desenvolvimento da ação: não há uma única palavra supérflua, tudo se dirige para um objetivo, já expresso no título da peça. A morte de John pairou sobre a peça desde o primeiro momento; cada pequena coisa o prepara, colocando o pensamento do leitor e do espectador na mesma direção. Ao mesmo tempo, cada cena mostra John à nossa frente de um novo lado; nós o reconhecemos como estadista, como marido e como pai, de todos os aspectos de seu caráter, cuja base é o extremo nervosismo, uma rápida mudança de impressões, uma transição de uma ascensão para uma queda de espírito. Impossível não notar, porém, que em seu intenso desejo de concentrar a ação, Tolstói mesclava dois pontos de vista: fantasticamente supersticioso e realista. Se o autor desejava tornar o cumprimento da previsão dos Magos de que o czar certamente morreria no dia de Cirilo um nó no drama, não havia necessidade de atribuir grande importância aos esforços de Boris para despertar em John uma excitação desastrosa por ele , que, como Boris soube pelo médico, seria fatal para o czar, além de quaisquer previsões dos feiticeiros . Na terceira parte da trilogia - "Tsar Boris" - o autor, por assim dizer, esqueceu-se completamente de Boris, que ele trouxe nas duas primeiras partes da trilogia, de Boris, o assassino indireto de John e quase direto - Tsarevich Demetrius, o astuto, traiçoeiro e cruel governante da Rus' no reinado de Teodoro, colocando seus próprios interesses acima de tudo. Agora, exceto por alguns momentos, Boris é o ideal de um rei e um homem de família. Tolstoi não conseguiu se livrar do encanto da imagem criada por Pushkin e caiu em uma contradição psicológica consigo mesmo e, além disso, fortaleceu significativamente a reabilitação de Godunov por Pushkin. Tolstovsky Boris é francamente sentimental. Os filhos de Boris também são excessivamente sentimentais: o noivo de Xenia, um príncipe dinamarquês, é mais um jovem da era de Werther do que um aventureiro que veio à Rússia para um casamento lucrativo. A coroa da trilogia é sua peça intermediária - "Fyodor Ioannovich". Ela foi pouco notada quando apareceu, pouco lida, pouco comentada. Mas então, no final da década de 1890, a proibição de encenar a peça no palco foi suspensa. Foi encenado primeiro nos círculos aristocráticos da corte, depois no palco do Teatro Maly de São Petersburgo; a peça mais tarde percorreu toda a província. O sucesso foi sem precedentes nos anais do teatro russo. Muitos atribuíram isso à incrível atuação do ator Orlenev, que criou o papel de Fyodor Ioannovich - mas mesmo nas províncias havia "seus Orlenevs" por toda parte. A questão, então, não está no ator, mas naquele material maravilhosamente grato que é dado pela tragédia. Já que a atuação de "Don Juan" foi impedida pela oposição entre a psicologia do autor e o temperamento apaixonado do herói, na medida em que o parentesco dos humores espirituais trouxe extremo calor à imagem de Fyodor Ioannovich. O desejo de renunciar ao brilho, de se fechar em si mesmo era tão familiar para Tolstoi, o sentimento infinitamente terno de Fyodor por Irina se assemelha tanto ao amor de Tolstoi por sua esposa. Com total originalidade criativa, Tolstoi entendeu à sua maneira Fyodor, que foi iluminado pela história de uma forma completamente diferente - ele percebeu que não se tratava de forma alguma de uma pessoa débil, desprovida de vida espiritual, que ele tinha os ingredientes de um iniciativa nobre que poderia dar flashes deslumbrantes. Não só na literatura russa, mas também na literatura mundial, existem poucas cenas que, em termos de impressão impressionante, se igualam àquele lugar da tragédia quando Fyodor pergunta a Boris: "Sou rei ou não sou rei?" Além de originalidade, força e brilho, esta cena é tão livre das condições de lugar e tempo, tirada dos recessos da alma humana a tal ponto que pode se tornar propriedade de qualquer literatura. Tolstovsky Fedor Ioannovich é um dos tipos do mundo, criado a partir dos elementos duradouros da psicologia humana.
TOLSTOY Alexey Konstantinovich (24 de agosto de 1817 - 28 de setembro de 1875), escritor de prosa, poeta e dramaturgo russo. Ele passou a infância na região de Chernihiv. na propriedade de seu tio Alexei Perovsky (conhecido na literatura sob o pseudônimo de Anton Pogorelsky), que incentivou os interesses literários que despertaram cedo no menino.
Em 1834, Tolstoi foi aprovado no exame da universidade e foi matriculado como "estudante" no arquivo de Moscou do Ministério das Relações Exteriores. Em 1837 ele foi destacado para a missão russa na Dieta Alemã em Frankfurt am Main, em 1840 ele retornou à Rússia e foi nomeado funcionário do escritório de legislação.
Pela primeira vez na imprensa, Tolstoi falou com história fantástica"Canibal". Na década de 1840, Tolstoi escreveu muito, mas publicou apenas um poema, mas o que foi escrito na época apareceu impresso muito mais tarde.
Na década de 1850, Tolstoi, junto com seus primos Zhemchuzhnikov, criou a imagem de Kozma Prutkov, em cujo nome atuaram com paródias e sátiras literárias. A partir de 1854, os poemas líricos de Tolstói e as sátiras de Prutkov começaram a aparecer no Sovremennik. Esses anos foram os mais frutíferos na obra do escritor. Tendo se aposentado em 1861, ele morou em um vilarejo perto de São Petersburgo ou na província de Chernigov, visitando ocasionalmente as capitais. A obra de Tolstói é multigênero. Em 1867, a primeira coleção de seus poemas foi publicada. Nos anos 60 escreveu o romance "Prince Silver", uma trilogia dramática: "A Morte de Ivan, o Terrível" (1866), "Tsar Fyodor Ioannovich" (1868) e "Tsar Boris" (1870), sua maior realização artística; uma série de baladas e sátiras.
Nos últimos anos de sua vida, Tolstoi sofreu gravemente de um distúrbio nervoso, aliviando a dor com morfina. Ele morreu na propriedade de Krasny Rog, na província de Chernigov.
A obra de Tolstói, imbuída de amor por uma vida terrena saudável, natureza e pátria russas, refletiu o movimento da literatura russa do romantismo ao realismo, cujas conquistas se refletiram na clareza e precisão da representação da natureza, na fidelidade e profundidade de divulgação. experiências emocionais, numa denúncia satírica da servidão.
K.P. Bryullov. Retrato do Conde A.K. Tolstói. 1836.
Tolstoi Alexei Konstantinovich (24/08/1817 - 28/09/1875), escritor, poeta, dramaturgo. Nasceu em São Petersburgo. Do lado materno, ele veio da família Razumovsky (bisavô - o último pequeno hetman russo Kirill Razumovsky; avô - Ministro da Educação Pública de Alexandre I - A. K. Razumovsky ). Pai - gr. K. P. Tolstoi, de quem a mãe se divorciou imediatamente após o nascimento do filho. Ele foi criado sob a orientação de sua mãe e do irmão dela, o escritor A. A. Perovsky (ver: A. Pogorelsky), que incentivou os primeiros experimentos poéticos de Tolstói. Em 1834, ele entrou no arquivo de Moscou do Ministério das Relações Exteriores. Então ele estava no serviço diplomático. Em 1843 recebeu o título de junker de câmara. Nos anos 30 - n. Na década de 1940, Tolstoi escreveu romances fantásticos no estilo do romance gótico e da prosa romântica - "A Família Ghoul" e "Encontro em Trezentos Anos" (em francês). A primeira publicação é a história "Ghoul" (1841, sob o pseudônimo de Krasnorogsky). Na década de 1940, Tolstoi começou a trabalhar no romance histórico O Príncipe de Prata (concluído em 1861), ao mesmo tempo em que criou várias baladas e poemas líricos que foram publicados posteriormente (nas décadas de 1950 e 1960); muitos deles ganharam grande popularidade ("Meus sinos", "Você conhece a terra onde tudo respira em abundância", "Onde as videiras se curvam sobre a piscina", "Kurgan", "Vasily Shibanov", "Príncipe Mikhailo Repnin", etc. .). Pousada. Na década de 1950, Tolstoi tornou-se amigo íntimo de I. S. Turgenev, N. A. Nekrasov e outros escritores. Desde 1854, ele publica poemas e paródias literárias em Sovremennik. Em colaboração com seus primos A. M. e V. M. Zhemchuzhnikov, no departamento Literary Jumble de Sovremennik, no Whistle, publicou obras satíricas de paródia assinadas por Kozma Prutkov; a obra do autor que inventaram tornou-se um espelho paródico de fenômenos literários obsoletos e, ao mesmo tempo, criou um tipo satírico de burocrata que pretende ser o legislador do gosto artístico.
Afastando-se da participação no Sovremennik em 1857, Tolstoi começou a publicar em Russian Conversation, e nos anos 60 e 70 - ch. arr. em Russkiy Vestnik e Vestnik Evropy. Durante esses anos, ele defendeu os princípios dos chamados. "arte pura", independente de idéias políticas, incluindo idéias "progressistas". Em 1861, Tolstoi deixou o serviço, do qual estava muito cansado, e se concentrou nas atividades literárias. Ele publicou o poema dramático "Don Juan" (1862), o romance "Prince Silver" (1863), a trilogia histórica - as tragédias "A Morte de Ivan, o Terrível" (1866), "Czar Fyodor Ioannovich" (1868), "Czar Boris" (1870). Em 1867, a primeira coleção de poemas de Tolstoi foi publicada. Na última década, ele escreveu baladas ("The Serpent Tugarin", 1868, "The Song of Harald and Yaroslavna", 1869, "Roman Galitsky", 1870, "Ilya Muromets", 1871, etc.), sátiras políticas poéticas (" História do Estado Russo de Gostomysl do Timashev", publicado em 1883; "Sonho de Popov", publicado em 1882, etc.), poemas ("Retrato", 1874; "Dragão", 1875), poesia lírica.
A obra de Tolstoi está imbuída de uma unidade de motivos, ideias filosóficas e emoções líricas. Interesse pela antiguidade nacional, problemas de filosofia da história, rejeição da tirania política, amor pela natureza de sua terra natal - essas características de Tolstói como pessoa e pensador se refletem em suas obras de todos os gêneros. Ele considerava a Rus de Kiev e a antiga Novgorod a estrutura estatal ideal correspondente ao caráter nacional do povo russo. Alto nível o desenvolvimento da arte, a importância especial da camada cultural da aristocracia, a simplicidade dos costumes, o respeito do príncipe pela dignidade pessoal e liberdade dos cidadãos, a amplitude e variedade das relações internacionais, especialmente as relações com a Europa - foi assim que o modo de vida da Antiga Rus' parecia-lhe. Baladas retratando imagens da antiga Rus 'são permeadas de lirismo, elas transmitem o sonho apaixonado do poeta de independência espiritual, admiração por toda a natureza heróica capturada pela poesia épica folclórica. Nas baladas "Ilya Muromets", "Matchmaking", "Alyosha Popovich", "Kanut" e outras imagens de heróis lendários e tramas históricas, elas ilustram o pensamento do autor, incorporam suas ideias ideais (por exemplo, Príncipe Vladimir Kievsky). De acordo com o sistema de meios artísticos, essas baladas se aproximam de alguns dos poemas líricos de Tolstói ("Blagovest", "Se você ama, então sem razão", "Você é minha terra, minha querida terra", etc.).
As baladas de Tolstoi, retratando a era do fortalecimento do estado russo, são permeadas por um começo dramático. As tramas de muitos deles foram acontecimentos da história do reinado de Ivan, o Terrível, que parecia ao poeta o expoente mais vívido do princípio da autocracia ilimitada e da completa absorção do indivíduo pelo Estado. As baladas "dramáticas" têm uma forma mais tradicional do que as "líricas", referindo-se principalmente aos anos 60 - n. anos 70. Porém, mesmo neles Tolstói se mostrava um poeta original, modificando a estrutura poética do gênero. Assim, na balada "Vasily Shibanov" Tolstoi revisa a situação heróica de uma disputa entre um súdito amante da liberdade e o czar, que foi reconhecida sob a influência da obra de F. Schiller. Repassando a denúncia de Ivan, o Terrível, de Kurbsky, Tolstoi enfatiza nos participantes do conflito dramático - o czar e o boiardo rebelde - características comuns: orgulho, desumanidade, ingratidão. O autor vê a capacidade de auto-sacrifício, a vontade de sofrer pelas palavras da verdade em uma pessoa simples que os poderosos deste mundo sacrificam à sua disputa: um escravo obscuro obtém uma vitória moral sobre o rei e restaura o triunfo do verdadeiro grandeza humana sobre o imaginário com sua façanha. "Vasily Shibanov", como as outras baladas "dramáticas" de Tolstoi, em seu assunto e na complexidade das características psicológicas dos personagens, na abordagem ética do poeta aos eventos históricos, é adjacente às obras de Tolstoi dos principais gêneros.
No romance "Prince Silver", Tolstoi retrata confrontos violentos de pessoas fortes em uma atmosfera de autocracia desenfreada e mostra o efeito prejudicial da arbitrariedade na personalidade do próprio monarca e de sua comitiva. O romance mostra como, afastando-se do círculo corrupto da corte e, às vezes, escondendo-se da perseguição ou da opressão social, pessoas talentosas de diferentes esferas da vida "fazem história", protegem sua pátria da invasão de inimigos externos, descobrem e desenvolvem novas terras ( Príncipe Serebryany, Yermak Timofeevich, Ivan Koltso, Mitka e outros). O estilo do romance está associado às tradições do romance histórico e da história da década de 1930, incluindo as tradições provenientes das histórias de N.V. Gogol "Terrible Revenge" e "Taras Bulba".
Na trilogia dramática, Tolstoi retratou a vida russa no século 16 - n. século 17 A solução de problemas históricos e filosóficos nessas peças é mais importante para ele do que a reprodução exata factos históricos. Ele retrata a tragédia de três reinados, retratando três autocratas: Ivan, o Terrível, obcecado pela ideia da origem divina de seu poder, Fedor, de coração mole, e o governante sábio - o "gênio ambicioso" Boris Godunov .
Tolstoi deu particular importância à criação de personagens individuais, originais e vívidos de figuras históricas. Uma grande conquista foi a imagem do czar Fedor, testemunhando a assimilação do escritor dos princípios do realismo psicológico na década de 60. O Teatro de Arte de Moscou foi inaugurado em 1898 com a encenação da tragédia do czar Fyodor Ioannovich.
As características do pensamento histórico de Tolstoi também afetaram as sátiras políticas. Por trás da trama anedótica de "Sonho de Popov" estava escondida a zombaria cáustica do poeta dos liberais. A polêmica com os niilistas se refletiu nos poemas “Às vezes um feliz maio ...”, “Contra a corrente”, etc. Em “A História do Estado Russo de Gostomysl a Timashev”, Tolstoi ridicularizou impiedosamente fenômenos históricos que, como ele acreditava, interferia na vida Rússia nacional. As letras íntimas de Tolstoi, em contraste com sua dramaturgia e baladas, são estranhas à euforia do tom. Seus poemas líricos são simples e sinceros. Muitos deles são, por assim dizer, contos psicológicos em verso (“No meio de um baile barulhento, por acaso ...”, “Isso foi no início da primavera”). Tolstoi introduziu elementos de um estilo poético folclórico em suas letras; seus poemas são muitas vezes próximos de canções. Mais de 70 poemas de Tolstoi foram musicados por compositores russos; romances baseados em suas palavras foram escritos por N. A. Rimsky-Korsakov, P. I. Tchaikovsky, M. P. Mussorgsky, S. I. Taneev e outros.
