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Como é o cravo. Cravo: história, vídeo, curiosidades, ouvir

cravo [francês] clavecin, de tarde Lat. clavicymbalum, de lat. clavis - chave (daí a chave) e címbalo - pratos] - teclado dedilhada instrumento musical. Conhecido desde o século XVI. (começou a ser construído já no século XIV), as primeiras informações sobre o cravo datam de 1511; instrumento sobrevivente mais antigo trabalho italiano remonta a 1521.

O cravo originou-se do saltério (resultado da reconstrução e adição de um mecanismo de teclado).

Inicialmente, o cravo era de forma quadrangular e assemelhava-se aparência O clavicórdio “livre”, ao contrário do qual possuía cordas de diferentes comprimentos (cada tecla correspondia a uma corda especial afinada em um determinado tom) e um mecanismo de teclado mais complexo. As cordas do cravo foram colocadas em vibração por um beliscão com a ajuda de uma pena de pássaro, montada em uma haste - um empurrador. Quando uma tecla era pressionada, o empurrador, localizado em sua extremidade traseira, subia e a pena ficava presa na corda (mais tarde, uma palheta de couro foi usada em vez de uma pena de pássaro).

O dispositivo da parte superior do empurrador: 1 - corda, 2 - eixo do mecanismo de liberação, 3 - languette (da languette francesa), 4 - palheta (língua), 5 - amortecedor.

O som do cravo é brilhante, mas não melodioso (espantável) - o que significa que não é passível de mudanças dinâmicas (é mais alto, mas menos expressivo que o de), a mudança na força e no timbre do som não dependem da natureza da batida nas teclas. Para aumentar a sonoridade do cravo, foram utilizadas cordas duplas, triplas e até quádruplas (para cada tom), que foram afinadas em uníssono, oitava e, às vezes, outros intervalos.

Evolução

Desde o início do século XVII, em vez de veio, cordas de metal, aumentando de comprimento (dos agudos aos graves). O instrumento adquiriu uma forma pterigoide triangular com um arranjo longitudinal (paralelo às teclas) das cordas.

Nos séculos 17-18. para dar ao cravo um som dinamicamente mais diversificado, os instrumentos eram feitos com 2 (às vezes 3) teclados manuais (manuais), que eram dispostos em terraços um sobre o outro (geralmente o manual superior era afinado uma oitava acima), bem como interruptores de registro para expandir agudos, duplicação de oitavas de baixos e mudanças na coloração do timbre (registro de alaúde, registro de fagote, etc.).

Os registros eram acionados por alavancas localizadas nas laterais do teclado, ou por botões localizados sob o teclado, ou por pedais. Em alguns cravos, para maior variedade de timbres, um terceiro teclado foi arranjado com alguma coloração de timbre característica, mais frequentemente reminiscente de um alaúde (o chamado teclado de alaúde).

Aparência

Externamente, os cravos eram geralmente acabados com muita elegância (o corpo era decorado com desenhos, incrustações, entalhes). O acabamento do instrumento estava de acordo com os móveis elegantes da era Luís XV. Nos séculos 16-17. Os cravos dos mestres de Antuérpia Ruckers destacaram-se pela qualidade sonora e pelo design artístico.

Cravo em diferentes países

O nome "cravo" (na França; archichord - na Inglaterra, kilflugel - na Alemanha, clavichembalo ou abreviado cembalo - na Itália) foi preservado para grandes instrumentos em forma de asa com alcance de até 5 oitavas. Havia também instrumentos menores, geralmente de formato retangular, com cordas simples e alcance de até 4 oitavas, chamados: epinete (na França), espineta (na Itália), virginel (na Inglaterra).

Cravo com corpo vertical - . O cravo foi usado como solo, conjunto de câmara e instrumento orquestral.

O criador do estilo virtuoso do cravo foi o compositor e cravista italiano D. Scarlatti (ele possui inúmeras obras para cravo); o fundador da escola francesa de cravistas é J. Chambonnière (suas Harpsichord Pieces, 2 livros, 1670, eram populares).

Entre os cravistas franceses do final dos séculos XVII-XVIII. -, J.F. Rameau, L. Daken, F. Daidriyo. A música para cravo francesa é uma arte de gosto refinado, maneiras refinadas, racionalisticamente claro, subordinado à etiqueta aristocrática. O som delicado e frio do cravo estava em harmonia com o "bom tom" da sociedade escolhida.

O estilo galante (rococó) encontrou sua personificação vívida entre os cravistas franceses. Os temas favoritos das miniaturas de cravo (a miniatura é uma forma característica da arte rococó) eram imagens femininas (“Capturing”, “Flirty”, “Gloomy”, “Shy”, “Sister Monica”, “Florentine” de Couperin), um grande o lugar era ocupado por danças galantes (minueto, gavota, etc.), imagens idílicas vida camponesa(“The Reapers”, “The Grape Pickers” de Couperin), miniaturas onomatopaicas (“The Hen”, “The Clock”, “The Chirping” de Couperin, “The Cuckoo” de Daken, etc.). característica típica música para cravo- uma abundância de ornamentos melódicos.

Até o final do século 18 as obras dos cravistas franceses começaram a desaparecer do repertório dos intérpretes. Como resultado, um instrumento com uma história tão longa e uma patrimônio artístico, foi forçado a sair da prática musical e substituído pelo piano. E não apenas forçado a sair, mas completamente esquecido no século XIX.

Isso aconteceu como resultado de uma mudança radical nas preferências estéticas. A estética barroca, que se baseia em um conceito claramente formulado ou claramente sentido da teoria dos afetos (brevemente a própria essência: um humor, afeto - uma cor sonora), para o qual o cravo era um meio de expressão ideal, cedeu primeiro para a visão de mundo do sentimentalismo, depois para uma direção mais forte - Classicismo e, finalmente, Romantismo. Em todos esses estilos, ao contrário, a ideia de mutabilidade - sentimentos, imagens, humores - tornou-se a mais atraente e cultivada. E o piano foi capaz de expressá-lo. O cravo não poderia fazer tudo isso em princípio - devido às peculiaridades de seu design.

CRAVO

Certamente em shows você notou um instrumento musical que se parece com um piano, mas é muito menor em tamanho, com vários teclados e um toque metálico completamente diferente? O nome deste instrumento é cravo (derivado da palavra francesa). Em cada país tem um nome diferente: na França e na Rússia é um cravo, na Itália é um cembalo (e às vezes um clavichembalo), na Inglaterra é um cravo. O cravo é um instrumento musical de cordas de teclado cujo som é dedilhado.

som, timbre:

O som do cravo é difícil de confundir com qualquer outro instrumento, é especial, brilhante e abrupto. Assim que você ouve esse som, danças antigas, bailes e nobres damas da corte em vestidos magníficos com penteados inimagináveis aparecem imediatamente. A principal diferença entre o cravo é que seu som não pode mudar suavemente na dinâmica, como outros instrumentos. Para resolver esse problema, os mestres tiveram a ideia de adicionar outros registros, que são acionados com o auxílio de interruptores e alavancas manuais. Eles estão localizados nas laterais do teclado. Um pouco mais tarde, os footswitches apareceram para facilitar o jogo.
Fatos interessantes:

O cravo sempre foi considerado um instrumento aristocrático que adornava salões e salões. as pessoas mais ricas Europa. É por isso que antigamente era feito de tipos caros de madeira, as chaves eram cobertas com placas de casco de tartaruga, madrepérola e às vezes incrustadas com pedras preciosas.
Você notou que alguns cravos têm teclas inferiores pretas e teclas superiores brancas - tudo é exatamente o oposto de um piano de cauda ou piano? Cravos com esta coloração chave eram comuns na França no século XVII. Como explicam os historiadores, esse acabamento de teclado estava associado ao estilo galante que prevalecia na arte da época - as mãos brancas como a neve dos cravistas pareciam muito elegantes e gravadas em um teclado preto.
A princípio, o cravo foi colocado sobre a mesa; um pouco mais tarde, os artesãos acrescentaram belas pernas.
Ao mesmo tempo, o maestro tinha que sentar ao cravo, e ele conseguia tocar com a mão esquerda e conduzir os músicos com a direita.
Tentando recriar o som do cravo, alguns mestres recorreram ao truque. Assim, no piano Outubro Vermelho, feito em hora soviética, o terceiro pedal abaixa um tecido especial nas cordas, às quais são presas palhetas de metal. Martelos os atingem e um som característico ocorre. O piano soviético "Accord" tem o mesmo design.
Os pedais no cravo não apareceram até 1750.
A princípio, a dinâmica do som foi alterada dobrando e triplicando as cordas, apenas nos séculos XVII-XVIII começaram a ser feitos instrumentos com 2 ou até 3 manuais localizados um acima do outro com registros diferentes. Neste caso, o manual superior foi afinado uma oitava acima.
Por muito tempo, o instrumento do mestre italiano Hieronymus em 1521 foi considerado o cravo mais antigo que sobreviveu até hoje, porém, mais tarde encontraram um cravo mais antigo, feito em 18 de setembro de 1515 por Vicente de Livigimeno.
Os cravos do século XVI eram predominantemente de origem italiana (Veneza) e eram feitos de cipreste. Os instrumentos franceses com dois teclados (manuais) eram de nogueira.
A maioria dos cravos possui registro de alaúde, caracterizado por um timbre nasal. Para conseguir esse som, as cordas eram abafadas com pedaços de tecido de feltro ou couro.
Na Idade Média, na corte do rei espanhol Filipe II, existia o chamado "cravo de gato". Era um aparelho composto por um teclado e uma caixa retangular com vários compartimentos onde eram colocados os gatos. Antes disso, os animais eram tocados, pisando em suas caudas e organizados de acordo com suas vozes. Em seguida, as caudas dos infelizes gatos foram fixadas sob as teclas, quando pressionadas, uma agulha enfiou nelas. O animal gritou alto e o artista continuou a tocar sua melodia. Sabe-se que Perth I também encomendou um "cravo de gato" para seu gabinete de curiosidades.
O famoso cravista francês F. Couperin tem um tratado "A Arte de Tocar Cravo", que é utilizado pelos músicos de nossa época.
Foi Couperin quem começou a usar ativamente o polegar (primeiro dedo) ao tocar cravo, antes disso os músicos tocavam apenas quatro, e o quinto não estava envolvido. Essa ideia foi logo adotada por outros artistas.
O famoso intérprete Handel, ainda criança, foi obrigado a praticar cravo no sótão, pois seu pai era contra a carreira de músico e sonhava em se formar em direito.
Curiosamente, a ação do saltador foi descrita por W. Shakespeare em seu 128º soneto.
Os músicos que tocavam cravo eram chamados de clavieristas, pois também possuíam com sucesso o órgão e o clavicórdio.
Vale ressaltar que o alcance do cravo de concerto é ser. século XVIII foi mais largo que o do piano, que o suplantou um pouco mais tarde

Instrumento Musical: Cravo

Certamente em shows você notou um instrumento musical que se parece com um piano, mas é muito menor em tamanho, com vários teclados e um toque metálico completamente diferente? O nome desse instrumento é cravo. Em cada país tem um nome diferente: na França e na Rússia é um cravo, na Itália é um cembalo (e às vezes um clavichembalo), na Inglaterra é um cravo. O cravo é um instrumento musical de cordas de teclado cujo som é dedilhado.

Som

foto:

Fatos interessantes

O cravo sempre foi considerado um instrumento aristocrático que adornava os salões e salões das pessoas mais ricas da Europa. É por isso que antigamente era feito de tipos caros de madeira, as chaves eram cobertas com placas de casco de tartaruga, madrepérola e às vezes incrustadas com pedras preciosas.
Você notou que alguns cravos têm teclas inferiores pretas e teclas superiores brancas - tudo é exatamente o oposto de um piano de cauda ou piano? Cravos com esta coloração chave eram comuns na França no século XVII. Como explicam os historiadores, esse acabamento de teclado estava associado ao estilo galante que prevalecia na arte da época - as mãos brancas como a neve dos cravistas pareciam muito elegantes e gravadas em um teclado preto.
A princípio, o cravo foi colocado sobre a mesa; um pouco mais tarde, os artesãos acrescentaram belas pernas.

Ao mesmo tempo, o maestro tinha que sentar ao cravo, e ele conseguia tocar com a mão esquerda e conduzir os músicos com a direita.
Tentando recriar o som do cravo, alguns mestres recorreram ao truque. Assim, no piano Outubro Vermelho, fabricado na época soviética, o terceiro pedal abaixa um tecido especial nas cordas, às quais são presas palhetas de metal. Martelos os atingem e um som característico ocorre. O piano soviético "Accord" tem o mesmo design.
Os pedais no cravo não apareceram até 1750.
A princípio, a dinâmica do som foi alterada dobrando e triplicando as cordas, apenas nos séculos XVII-XVIII começaram a ser feitos instrumentos com 2 ou até 3 manuais localizados um acima do outro com registros diferentes. Neste caso, o manual superior foi afinado uma oitava acima.
Por muito tempo, o instrumento do mestre italiano Hieronymus em 1521 foi considerado o cravo mais antigo que sobreviveu até hoje, porém, mais tarde encontraram um cravo mais antigo, feito em 18 de setembro de 1515 por Vicente de Livigimeno.
Os cravos do século XVI eram predominantemente de origem italiana (Veneza) e eram feitos de cipreste. Os instrumentos franceses com dois teclados (manuais) eram de nogueira.
A maioria dos cravos tem alaúde registro, caracteriza-se por um timbre nasal. Para conseguir tal som, as cordas eram abafadas com pedaços de tecido de feltro ou couro.
Na Idade Média, na corte do rei espanhol Filipe II, existia o chamado "cravo de gato". Era um aparelho composto por um teclado e uma caixa retangular com vários compartimentos onde eram colocados os gatos. Antes disso, os animais eram tocados, pisando em suas caudas e organizados de acordo com suas vozes. Em seguida, as caudas dos infelizes gatos foram fixadas sob as teclas, quando pressionadas, uma agulha enfiou nelas. O animal gritou alto e o artista continuou a tocar sua melodia. Sabe-se que Perth I também encomendou um "cravo de gato" para seu gabinete de curiosidades.
O famoso cravista francês F. Couperin tem um tratado "A Arte de Tocar Cravo", que é utilizado pelos músicos de nossa época.
Foi Couperin quem começou a usar ativamente o polegar (primeiro dedo) ao tocar cravo, antes disso os músicos tocavam apenas quatro, e o quinto não estava envolvido. Essa ideia foi logo adotada por outros artistas.
Artista famoso Handel, ainda criança foi obrigado a praticar cravo no sótão, pois seu pai era contra a carreira de músico e sonhava que o filho se formasse em direito.
Curiosamente, a ação do saltador foi descrita por W. Shakespeare em seu 128º soneto.
Os músicos que tocavam cravo eram chamados de clavieristas, pois possuíam com sucesso mais corpo e clavicórdio.
Vale ressaltar que o alcance do cravo de concerto de meados do século XVIII era mais amplo que o do piano, que o suplantou um pouco mais tarde.

obras de arte

É. Bach - Concerto para cravo, cordas e baixo contínuo em ré maior (ouvir)

M. Corette - Concerto para cravo e orquestra em ré menor (ouvir)

GF Handel - Suíte para cravo nº 4 Sarabande (ouvir)

Projeto

Externamente, o cravo se parece um pouco com um piano. A forma triangular alongada é complementada por belas pernas, e as cordas são dispostas horizontalmente, paralelas às teclas. Cada tecla é equipada com um empurrador, às vezes também chamado de jumper, uma lingueta é fixada em sua extremidade superior. O som do cravo é extraído com uma pitada. Ao apertar uma tecla, linguetas elásticas feitas de penas de pássaros são acionadas; as de plástico já foram utilizadas em modelos mais modernos. Eles pegam uma corda apertada e, por causa disso, ocorre um som de dedilhar característico.

história de origem

As primeiras informações sobre este instrumento são geralmente atribuídas a 1511, pelo que se pensa que terá surgido no século XVI. No entanto, um pouco mais tarde, houve nova informação que na fonte italiana de 1397 (“Decameron” de G. Boccacho) também há informações sobre o instrumento. Maioria imagem antiga datado de 1425 - no altar em Minden.

O cravo deve sua origem ao saltério. O design deste antigo predecessor foi alterado e um mecanismo de teclado foi adicionado. Os primeiros cravos não eram muito parecidos com a versão moderna. Eles eram de forma retangular e externamente pareciam um clavicórdio "livre", apenas as cordas eram de comprimentos diferentes.

Ao mesmo tempo, o cravo era muito popular e era usado com sucesso em conjuntos e orquestras. Nos séculos 17 a 18, o instrumento se difundiu justamente como instrumento solista. O timbre peculiar do cravo combinou perfeitamente com este tempo galante. PARA início do XIX século, o instrumento praticamente saiu de uso, até que a cultura de tocá-lo foi revivida na virada dos séculos XIX para XX.

Variedades

O nome "cravo" pertence a instrumentos de teclado com um alcance de até 5 oitavas e com formato de asa. Existem também variedades menores do instrumento, que vêm com um conjunto de cordas, e seu alcance chega a apenas 4 oitavas. Assim, entre eles destacam-se: a espineta, na qual as cordas estão localizadas na diagonal, a muselar é de forma retangular e as cordas estão localizadas estritamente perpendiculares ao teclado. Além disso, o virginal também pertence às variedades.

Vídeo: ouvir o cravo

Devo confessar que estou falando do cravo como um assunto profundamente pessoal para mim. Tendo tocado nele por quase quarenta anos, desenvolvi um profundo apego a certos autores e toquei em concertos ciclos completos de tudo o que escreveram para este instrumento. Em primeiro lugar, isso diz respeito a François Couperin e Johann Sebastian Bach. Isso, espero, servirá de desculpa para meus vícios, que, temo, não poderei evitar.

DISPOSITIVO

Uma grande família de cordas de teclado é conhecida instrumentos dedilhados. Eles diferem em tamanho, forma e recursos sonoros (coloridos). Quase todo artesão que fabricava tais instrumentos nos velhos tempos tentava adicionar algo próprio ao seu design.

Há muita confusão sobre como eles foram chamados. Na maioria em termos gerais os instrumentos são divididos de acordo com sua forma em longitudinais (lembrando um pequeno piano, mas com formas angulares - o piano tem formas arredondadas) e retangulares. É claro que essa diferença não é de forma alguma decorativa: com um arranjo diferente das cordas em relação ao teclado, o local na corda em que a dedilhada, característica de todos esses instrumentos, tem um efeito muito significativo no timbre do som.

I. Vermeer de Delft. Mulher sentada no cravo
OK. 1673–1675 galeria Nacional, Londres

O cravo é o maior e mais complexo instrumento desta família.

na Rússia desde o século XVIII. o mais difundido nome francês instrumento - cravo ( clavecina), mas é encontrado, principalmente na prática musical e acadêmica, e o italiano - cembalo ( cembalo; Nomes italianos também são conhecidos clavicembalo, gravicembalo). Na literatura musicológica, especialmente quando se trata de música barroca inglesa, depara-se sem tradução título em inglês este instrumento cravo.

No cravo, a principal característica da extração do som é que o chamado jumper (ou seja, o empurrador) é instalado na extremidade traseira da chave, na parte superior da qual é fixada uma pena. Quando um músico pressiona uma tecla, sua extremidade traseira sobe (porque a tecla é uma alavanca) e o saltador sobe, e a pena puxa a corda. Quando a chave é solta, a pena desliza silenciosamente graças a uma mola que permite que ela se desvie ligeiramente.

tipos diferentes instrumentos de corda de teclado

Vale ressaltar que a descrição da ação do saltador, e extraordinariamente precisa, foi dada por W. Shakespeare em seu 128º soneto. Das muitas opções de tradução, a essência de tocar cravo é a mais precisa - além do lado artístico e poético - a tradução de Modest Tchaikovsky:

Quando você, minha música, tocando,
Coloque essas teclas em movimento
E, com seus dedos acariciando-os tão suavemente,
A consonância das cordas gera admiração,
Então com ciúme eu olho para as chaves,
Como eles se agarram às palmas das suas mãos;
Bocas queimando e desejando um beijo
Eles olham com inveja para sua audácia.
Ah, se o destino de repente virasse
Eu em uma fileira dessas dançarinas secas!
Estou feliz que sua mão deslizou sobre eles, -
Sua falta de alma é mais abençoada do que lábios vivos.
Mas se eles estão felizes, então
Deixe-os beijar seus dedos, deixe-me beijar seus lábios.

De todos os tipos de instrumentos de cordas dedilhadas, o cravo é o maior e mais complexo. É usado tanto como instrumento solo quanto como acompanhamento. É indispensável na música barroca como um conjunto. Mas antes de falar sobre o enorme repertório desse instrumento, algo mais precisa ser explicado em seu design.

No cravo, todas as cores (timbres) e dinâmicas (ou seja, a potência do som) foram originalmente estabelecidas no próprio instrumento pelo criador de cada cravo individual. Nisso, é até certo ponto semelhante a um órgão. No cravo, você não pode alterar o som alterando a intensidade da tonalidade. Para efeito de comparação: no piano, toda a arte da interpretação reside na riqueza do toque, ou seja, na variedade de maneiras de pressionar ou golpear a tecla.

Diagrama do mecanismo do cravo

Arroz. A: 1. Caule; 2. Amortecedor; 3. Jumper (empurrador); 4. Barra de registro; 5. Veado;
6. Jumper do quadro (empurrador); 7. Chave

Arroz. B. Jumper (empurrador): 1. Amortecedor; 2. Cadeia; 3. Pena; 4. Língua; 5. Poltrona; 6. Mola

Claro, depende da sensibilidade do toque do cravista se o instrumento soa musicalmente ou “como uma panela” (Voltaire colocou aproximadamente). Mas a força e o timbre do som não dependem do cravista, pois entre o dedo do cravista e a corda existe um complexo mecanismo de transmissão na forma de um jumper e uma pena. Novamente, para comparação: no piano, bater na tecla afeta diretamente a ação do martelo batendo na corda, enquanto no cravo, o efeito na pena é indireto.

HISTÓRIA

História antiga o cravo vai longe nas profundezas dos séculos. É mencionado pela primeira vez no tratado de John de Muris, The Mirror of Music (1323). Uma das primeiras representações do cravo está no Weimar Book of Wonders (1440).

Por muito tempo acreditou-se que o instrumento mais antigo existente foi feito por Hieronymus de Bolonha e datado de 1521. Ele é mantido em Londres, no Victoria and Albert Museum. Mas em Ultimamente descobri que existe uma ferramenta alguns anos mais antiga, também criada mestre italiano- Vicente de Livigimeno. Foi apresentado ao Papa Leão X. Sua produção começou, conforme inscrição na caixa, em 18 de setembro de 1515.

Cravo. Livro das Maravilhas de Weimar. 1440

Para evitar a monotonia do som, os mestres do cravo, já em um estágio inicial de desenvolvimento do instrumento, passaram a fornecer cada tecla não com uma corda, mas com duas, é claro, de timbre diferente. Mas logo ficou claro que razões técnicas Mais de dois conjuntos de cordas para um teclado não podem ser usados. Então surgiu a ideia de aumentar o número de teclados. Por volta do século 17 os cravos mais ricos musicalmente são instrumentos com dois teclados (em outras palavras, manuais, de lat. mão- "mão").

Do ponto de vista musical, tal instrumento é o melhor meio para executar um repertório barroco diversificado. Muitas das obras dos clássicos do cravo foram escritas especificamente para o efeito de tocar em dois teclados, por exemplo, várias sonatas de Domenico Scarlatti. F. Couperin estipulou especificamente no prefácio da terceira coleção de suas peças para cravo que ele colocou nela as peças que ele chama "Pieces Croises"(brinca com cruzamento [mãos]). “Peças com esse nome”, continua o compositor, “devem ser tocadas em dois teclados, um dos quais deve soar abafado pela mudança de registros”. Para quem não possui um cravo de dois manuais, Couperin dá recomendações sobre como tocar o instrumento com um teclado. Mas, em vários casos, a exigência de um cravo de dois manuais é uma condição indispensável para uma execução artística completa de uma composição. Assim, na página de rosto da coleção que contém a famosa "French Overture" e o "Italian Concerto", Bach indicou: "para um clavichembalo com dois manuais".

Do ponto de vista da evolução do cravo, dois manuais acabaram não sendo o limite: conhecemos exemplos de cravos com três teclados, embora não conheçamos obras que exigissem categoricamente tal instrumento para sua execução. Em vez disso, esses são os truques técnicos de fabricantes individuais de cravos.

O cravo no seu apogeu brilhante (séculos XVII-XVIII) era tocado por músicos que possuíam todos os instrumentos de teclado existentes na época, nomeadamente o órgão e o clavicórdio (por isso eram chamados de cravo).

Os cravos foram criados não apenas por fabricantes de cravos, mas também por construtores de órgãos. E era natural aplicar na construção do cravo algumas ideias fundamentais que já haviam sido amplamente utilizadas no desenho de órgãos. Em outras palavras, os cravistas seguiram o caminho dos organistas na ampliação dos recursos de registro de seus instrumentos. Se no órgão eram cada vez mais jogos de tubos distribuídos entre os manuais, então no cravo passaram a usar um número maior de jogos de cordas, também distribuídos entre os manuais. Em volume, esses registros de cravo não diferiam muito, mas em termos de timbre eram bastante significativos.

Página de título da primeira coleção de música
para a virginal "Parthenia". Londres. 1611

Assim, além de dois conjuntos de cordas (um para cada teclado), que soavam em uníssono e correspondiam em altura aos sons registrados nas notas, podiam haver registros de quatro pés e de dezesseis pés. (Mesmo a designação dos registros foi emprestada pelos fabricantes de cravos dos construtores de órgãos: tubos os órgãos são indicados em pés, e os principais registros correspondentes à notação musical são os chamados oito pés, enquanto os tubos que emitem sons uma oitava acima do notado são chamados de quatro pés, uma oitava abaixo - respectivamente dezesseis pés. No cravo, nos mesmos compassos, os registros formados pelos conjuntos cordas.)

Assim, a gama de som de um grande cravo de concerto de meados do século XVIII. não só não era mais estreito que o piano, mas ainda mais largo. E isso apesar do fato de que a notação musical da música do cravo parece mais estreita em alcance do que a música do piano.

MÚSICA

Por volta do século 18 o cravo acumulou um repertório extraordinariamente rico. Como instrumento extremamente aristocrático, espalhou-se pela Europa, tendo por toda a parte os seus mais brilhantes apologistas. Mas se falarmos sobre as escolas mais fortes do século 16 - início do século 17, devemos primeiro nomear os virginalistas ingleses.

Não contaremos aqui a história do virginal, apenas observaremos que este é um tipo de teclado dedilhado instrumentos de corda, semelhante em som ao cravo. Vale ressaltar que em um dos últimos estudos aprofundados sobre a história do cravo ( Kottick E. Uma História do Cravo. Bloomington. 2003), o virginal, assim como a espineta (outra variedade), são considerados em sintonia com a evolução do próprio cravo.

Quanto ao nome do virginal, vale notar que uma das etimologias propostas o eleva para o inglês virgem e para o latim Virgem, isto é, "virgem", porque Elizabeth I, a rainha virgem, adorava brincar de virginal. Na verdade, o virginal apareceu antes mesmo de Elizabeth. A origem do termo "virginel" é mais correta para derivar de outra palavra latina - virgem("varinha"), que indica o mesmo jumper.

É interessante que na gravura que decorava o primeiro edição impressa música para o virginal ("Parthenia"), o músico é retratado sob a forma de uma virgem cristã - St. Cecília. Aliás, o próprio nome da coleção vem do grego. partenos que significa "virgem".

Para decorar esta edição, uma gravura da pintura do artista holandês Hendrik Goltzius “St. Cecília". No entanto, o gravador não reflexão especular imagens no quadro, de modo que tanto a gravura em si quanto a performer ficaram de cabeça para baixo - sua mão esquerda é muito mais desenvolvida do que a direita, que, claro, não poderia ser uma virginalista da época. Existem milhares desses erros em gravuras. O olho de um não-músico não percebe isso, mas o músico imediatamente vê o erro do gravador.

Várias páginas maravilhosas cheias de sentimento entusiástico foram dedicadas à música dos virginalistas ingleses pelo fundador do renascimento do cravo no século XX. maravilhosa cravista polonesa Wanda Landowska: “Ela derramou de corações mais dignos do que os nossos e alimentou músicas folk, velho música inglesa- ardente ou sereno, ingênuo ou patético - canta a natureza e o amor. Ela exalta a vida. Se ela se volta para o misticismo, ela glorifica a Deus. Inconfundivelmente magistral, é ao mesmo tempo espontâneo e ousado. Muitas vezes parece mais moderno do que o mais recente e melhor. Abra o seu coração ao encanto desta música, essencialmente desconhecida. Esqueça que ela é velha e não pense que por isso ela está privada de sentimentos humanos.

Estas linhas foram escritas no início do século XX. Ao longo do século passado, muito se fez para revelar e apreciar em sua totalidade o inestimável patrimônio musical dos virginalistas. E quais são esses nomes! Os compositores William Bird e John Bull, Martin Pearson e Gil Farnaby, John Munday e Thomas Morley...

Houve contatos estreitos entre a Inglaterra e a Holanda (já a gravação "Parthenia" atesta isso). Os cravos e virginais dos mestres holandeses, especialmente da dinastia Ruckers, eram bem conhecidos na Inglaterra. Ao mesmo tempo, estranhamente, a própria Holanda não pode se orgulhar de uma escola de composição tão brilhante.

No continente, as escolas originais de cravo eram italiana, francesa e alemã. Mencionaremos apenas três de seus principais representantes - François Couperin, Domenico Scarlatti e Johann Sebastian Bach.

Um dos sinais claros e óbvios do dom excepcional de um compositor (o que é verdade para qualquer compositor de qualquer época) é o desenvolvimento de seu próprio, puramente pessoal, estilo único expressões. E na massa total de inúmeros escritores, não haverá tantos verdadeiros criadores. Esses três nomes certamente pertencem aos criadores. Cada um deles tem seu próprio estilo único.

François Couperin

François Couperin(1668–1733) - verdadeiro poeta do cravo. Ele provavelmente poderia se considerar homem feliz: todas (ou quase todas) as suas obras para cravo, ou seja, exatamente o que constitui a sua glória e importância global, foram publicados por ele e formam quatro volumes. Assim, temos uma ideia exaustiva da sua herança cravista. O autor destas linhas teve a sorte de realizar ciclo completo obras para cravo de Couperin em oito programas de concerto que foram apresentados em um festival de sua música realizado em Moscou sob o patrocínio do Sr. Pierre Morel, Embaixador da França na Rússia.

Lamento não poder pegar meu leitor pela mão, conduzi-lo ao cravo e tocar, por exemplo, a Máscara Francesa de Couperin ou as Máscaras de Dominó. Quanto charme e beleza nele! Mas quanta profundidade psicológica também. Aqui, cada máscara tem uma determinada cor e - o que é muito importante - caráter. As observações do autor explicam as imagens e cores. São doze máscaras (e cores) no total, e elas aparecem em uma determinada sequência.

Já tive um motivo para relembrar esta peça de Couperin em conexão com a história do “Quadrado Negro” de K. Malevich (ver Arte, nº 18/2007). O fato é que o esquema de cores de Couperin, começando com o branco (a primeira variação, simbolizando a Virgindade), termina com uma máscara preta (Fúria ou Desespero). Então os dois criadores épocas diferentes E várias artes criou obras com um significado profundamente simbólico: para Couperin, este ciclo simboliza períodos vida humana- as idades de uma pessoa (doze pelo número de meses, cada um por seis anos - esta é uma alegoria conhecida na época barroca). Como resultado, Couperin tem uma máscara preta, Malevich tem um quadrado preto. Em ambos, o aparecimento do preto é resultado da ação de muitas forças. Malevich afirmou sem rodeios: "Considero branco e preto derivados de cores e esquemas de cores." Couperin apresentou-nos esta gama colorida.

É claro que Couperin tinha cravos maravilhosos à sua disposição. Isso não é surpreendente - afinal, ele era o cravista da corte de Luís XIV. Os instrumentos, com sua sonoridade, conseguiram transmitir toda a profundidade das ideias do compositor.

Domenico Scarlatti(1685-1757). Este compositor tem um estilo completamente diferente, mas assim como Couperin, uma caligrafia inconfundível é o primeiro e óbvio sinal de genialidade. Este nome está intimamente ligado ao cravo. Embora em sua juventude Domenico escreveu música diferente, mais tarde tornou-se famoso precisamente como autor de um grande número (555) sonatas para cravo. Scarlatti expandiu extraordinariamente as possibilidades de execução do cravo, introduziu um alcance virtuoso sem precedentes na técnica de tocá-lo.

Uma espécie de paralelo com Scarlatti na história posterior da música para piano é o trabalho de Franz Liszt, que, como você sabe, estudou especificamente as técnicas de execução de Domenico Scarlatti. (A propósito, já que estamos falando de paralelos com a arte do piano, então Couperin também teve um herdeiro espiritual em certo sentido - este, é claro, foi F. Chopin.)

A segunda metade da vida de Domenico Scarlatti (não confundir com seu pai, o famoso italiano compositor de ópera Alessandro Scarlatti) foi o cravista da corte da rainha espanhola Maria Bárbara, e a grande maioria de suas sonatas foram escritas especificamente para ela. Podemos concluir com segurança que ela era uma excelente cravista se tocava essas sonatas às vezes extremamente técnicas.

I. Vermeer de Delft. A garota da espineta. OK. 1670. Coleção particular

A esse respeito, lembro-me de uma carta (1977) que recebi da destacada cravista tcheca Zuzanna Ruzickova: “Caro Sr. Maikapar! Eu tenho um pedido para você. Como você sabe, há muito interesse em cravos autênticos agora, e há muita discussão sobre isso. Um dos documentos-chave na discussão desses instrumentos em relação a D. Scarlatti é a pintura de Vanloo, que retrata Maria Bárbara de Portugal, esposa de Filipe V. (Z. Ruzickova se enganou - Maria Bárbara era esposa de Fernando VI , filho de Filipe V. - SOU.). Rafael Pouyana (um importante cravista francês contemporâneo - SOU.) acredita que o quadro foi pintado após a morte de Maria Bárbara e, portanto, não pode ser uma fonte histórica. A pintura está no Hermitage. Seria muito importante se você pudesse me enviar os documentos desta pintura.”

Fragmento. 1768. Hermitage, São Petersburgo

A imagem sobre a qual em questão em uma carta, - "Sexteto" L.M. Vanloo (1768).

Está no Hermitage, no depósito do departamento da França quadro XVIII século. Guardião do Departamento I.S. Nemilova, sabendo do propósito da minha visita, conduziu-me a uma grande sala, ou melhor, a um salão, onde estão expostas pinturas que não foram incluídas na exposição principal. Quantas obras de grande interesse do ponto de vista da iconografia musical, ao que parece, estão guardadas aqui! Um após o outro, apresentamos grandes molduras, nas quais 10 a 15 pinturas foram instaladas e consideramos assuntos de nosso interesse. E, finalmente, "Sexteto" L.M. Vanloo.

Segundo alguns relatos, esta pintura retrata a rainha espanhola Maria Bárbara. Se essa hipótese fosse comprovada, poderíamos ter um cravo tocado pelo próprio Scarlatti! Quais são as razões para reconhecer na cravista retratada na pintura de Vanloo, Maria Barbara? Em primeiro lugar, parece-me que realmente existe semelhança entre a senhora aqui retratada e retratos famosos Maria Bárbara. Em segundo lugar, Vanloo viveu na corte espanhola por um tempo relativamente longo e, portanto, poderia pintar um quadro sobre o tema da vida da rainha. Em terceiro lugar, também é conhecido outro nome para a pintura - “Concerto Espanhol” e, em quarto lugar, alguns musicólogos estrangeiros (por exemplo, K. Zaks) estão convencidos de que Maria Bárbara está na pintura.

Mas Nemilova, como Rafael Puyana, duvidou dessa hipótese. O quadro foi pintado em 1768, ou seja, doze anos após a saída do artista da Espanha e dez anos após a morte de Maria Bárbara. A história de sua ordem é conhecida: Catarina II transmitiu a Vanloo, por meio do príncipe Golitsyn, o desejo de ter uma pintura dele. Este trabalho veio imediatamente para São Petersburgo e foi mantido aqui o tempo todo, Golitsyn deu a Catherine como um "concerto". Quanto ao nome “Concerto Espanhol”, os trajes espanhóis com os quais os personagens são representados tiveram um papel importante em seu surgimento e, como explicou Nemilova, são trajes teatrais, e não os que estavam na moda na época.

W. Landowska

Na foto, é claro, chama a atenção o cravo - um instrumento de duas mãos com característica da primeira metade do século XVIII. a coloração das teclas, ao contrário da moderna (as que são pretas no piano são brancas neste cravo, e vice-versa). Além disso, ainda carece de pedais para registros de deslocamento, embora já fossem conhecidos na época. Esta melhoria é encontrada na maioria dos cravos de concerto de duplo manual modernos. A necessidade de trocar os registros manualmente ditou uma certa abordagem para a escolha do registro no cravo.

Atualmente, duas direções são claramente definidas na prática performática: os defensores da primeira acreditam que todas as possibilidades modernas do instrumento devem ser usadas (tal opinião foi sustentada, por exemplo, por V. Landowska e, a propósito, Zuzanna Ruzickova) , outros acreditam que, realizando música antiga em um cravo moderno, não se deve ir além daqueles meios de execução, com base nos quais os antigos mestres escreveram (como pensam Erwin Bodki, Gustav Leonhardt, o mesmo Rafael Puyana e outros).

Como prestamos tanta atenção à pintura de Vanloo, notamos que o próprio artista, por sua vez, acabou sendo um personagem de um retrato musical: uma peça para cravo é conhecida compositor francês Jacques Dufly, que se chama Vanloo.

Johann Sebastian Bach

Johann Sebastian Bach(1685-1750). Sua herança de cravo é de valor excepcional. A minha experiência de apresentar em concertos tudo o que Bach escreveu para este instrumento atesta que o seu legado cabe em quinze (!) programas de concertos. Ao mesmo tempo, os concertos para cravo e cordas devem ser contabilizados separadamente, assim como a massa de obras para conjuntos, impensáveis sem o cravo.

Deve-se reconhecer que, apesar de toda a singularidade de Couperin e Scarlatti, cada um deles cultivou um estilo individual. Bach era universal. Os já mencionados "Concerto Italiano" e "Abertura Francesa" são exemplos do estudo de Bach sobre a música dessas escolas nacionais. E estes são apenas dois exemplos, em seus nomes refletindo a consciência de Bach. Aqui você pode adicionar seu ciclo de "French Suites". Pode-se especular sobre a influência inglesa em suas suítes inglesas. E quantos samples musicais estilos diferentes naquelas de suas obras que não refletem isso em seus títulos, mas concluem na própria música! Desnecessário dizer quão amplamente sua tradição alemã nativa do cravo é sintetizada em seu trabalho.

Não sabemos exatamente quais cravos Bach tocava, mas sabemos que ele se interessou por todas as inovações técnicas (inclusive no órgão). Seu interesse em expandir as possibilidades de execução do cravo e outros teclados é mais claramente demonstrado pelo famoso ciclo de prelúdios e fugas em todas as tonalidades "The Well-Tempered Clavier".

Bach foi um verdadeiro mestre do cravo. I. Forkel, o primeiro biógrafo de Bach, relata: “Ninguém poderia substituir as penas gastas de seu cravo por novas para que ficasse satisfeito - ele mesmo o fez. Ele sempre afinava seu cravo sozinho, e era tão habilidoso nesse aspecto que a afinação nunca levava mais de um quarto de hora. Com seu método de afinação, todas as 24 teclas estavam à sua disposição e, improvisando, fazia com elas o que bem entendesse.

Já durante a vida do brilhante criador da música para cravo, o cravo começou a perder terreno. Em 1747, quando Bach visitou o rei da Prússia, Frederico o Grande, em Potsdam, deu-lhe um tema para improvisar, e Bach, aparentemente, já improvisava no “pianoforte” (era assim que se chamava o novo instrumento naquela tempo) - um dos quatorze ou quinze, que foram feitos para o rei por um amigo de Bach, o famoso mestre de órgão Gottfried Zilberman. Bach aprovou seu som, embora antes não gostasse de piano.

Mozart ainda escreveu para o cravo em sua juventude, mas em geral seu trabalho de cravo é, é claro, direcionado para o pianoforte. Os editores das primeiras composições de Beethoven apontaram para páginas de título que suas sonatas (imagine, mesmo a Pathétique, que foi publicada em 1799) são destinadas "para cravo ou piano". Os editores apostaram no truque: não queriam perder os clientes que tinham cravos velhos em casa. Porém, cada vez com mais frequência, apenas o corpo permanecia dos cravos: o "recheio" do cravo era removido como desnecessário e substituído por um novo tipo de martelo, ou seja, piano, mecânica.

Surge a pergunta: por que esse instrumento, que teve uma história tão longa e um patrimônio artístico tão rico, era do final do século XVIII? expulso da prática musical e substituído pelo piano? E não apenas forçado a sair, mas completamente esquecido no século XIX? E afinal, não se pode dizer que quando esse processo de deslocamento do cravo começou, o piano estava em suas qualidades a melhor ferramenta. Muito pelo contrário! Carl Philipp Emanuel Bach, um dos filhos mais velhos de Johann Sebastian, escreveu seu duplo concerto para cravo e piano com uma orquestra, pretendendo demonstrar em primeira mão as vantagens do cravo sobre o piano.

Só há uma resposta: a vitória do piano sobre o cravo tornou-se possível em condições de mudança radical nas preferências estéticas. A estética barroca, que se baseia em um conceito claramente formulado ou claramente sentido da teoria dos afetos (brevemente a essência: um humor, afetar, - uma pintura sonora), para a qual o cravo era um meio de expressão ideal, deu lugar primeiro à visão de mundo do sentimentalismo, depois a uma direção mais forte - o classicismo e, finalmente, o romantismo. Em todos estes estilos, o mais atraente e cultivado foi, pelo contrário, a ideia mutabilidade- sentimentos, imagens, humores. E o piano foi capaz de expressá-lo.

Este instrumento adquiriu um pedal com suas fantásticas capacidades e tornou-se capaz de criar incríveis sobe e desce de sonoridade ( crescendo E diminuendo). O cravo não poderia fazer tudo isso em princípio - devido às peculiaridades de seu design.

Vamos parar e relembrar este momento para que possamos iniciar nossa próxima conversa com ele - sobre o piano, e especificamente sobre o grande concerto piano de cauda, ou seja, o "instrumento real", o verdadeiro mestre de toda a música romântica.

Em nossa história, história e modernidade se misturam, pois hoje o cravo e outros instrumentos desta família se tornaram inusitadamente comuns e procurados devido ao grande interesse pela música do Renascimento e do Barroco, ou seja, época em que eles surgiram e sobreviveram à sua idade de ouro.

Músico se apresentando obras musicais tanto no cravo quanto em suas variedades é chamado cravista.

Origem

A menção mais antiga de um instrumento do tipo cravo aparece em uma fonte de 1397 de Pádua (Itália), a imagem mais antiga conhecida está em um altar em Minden (1425). Como instrumento solo, o cravo permaneceu em uso até o final do século XVIII. Um pouco mais usado para executar baixo digital, para acompanhar recitativos em óperas. Por volta de 1810, praticamente caiu em desuso. O renascimento da cultura de tocar cravo começou na virada dos séculos 19 para 20.

Os cravos do século XV não sobreviveram. A julgar pelas imagens, eram instrumentos curtos e de corpo pesado. A maioria dos cravos sobreviventes do século 16 foi feita na Itália, onde Veneza era o principal centro de sua produção.

Eles tinham um registro 8` (menos frequentemente dois registros 8` e 4`), eles se distinguiam por sua elegância. Seu corpo era geralmente feito de cipreste. O ataque desses cravos era mais distinto e o som mais abrupto do que os instrumentos flamengos posteriores.

O mais importante centro de produção de cravos do Norte da Europa era Antuérpia, onde representantes da família Ruckers trabalhavam desde 1579. Seus cravos têm cordas mais longas e corpos mais pesados que os instrumentos italianos. Desde a década de 1590, cravos com dois manuais são produzidos em Antuérpia. Os cravos franceses, ingleses e alemães do século XVII combinam as características dos modelos flamengos e holandeses.

Alguns cravos franceses de dois manuais com corpo de nogueira sobreviveram. Desde a década de 1690, cravos do mesmo tipo dos instrumentos de Rookers foram produzidos na França. Entre os mestres do cravo francês, destacou-se a dinastia Blanchet. Em 1766, Taskin herdou a oficina de Blanche.

Os fabricantes de cravo ingleses mais importantes no século 18 foram Schudy e a família Kirkman. Seus instrumentos tinham um corpo de carvalho forrado de compensado e se distinguiam por um som forte de rico timbre. Na Alemanha do século XVIII, o principal centro de produção de cravo era Hamburgo; entre os instrumentos fabricados nesta cidade com registros de 2` e 16`, além de 3 manuais. O modelo incomumente longo do cravo foi projetado por J. D. Dülcken, um importante artesão holandês do século XVIII.

Na 2ª metade do século XVIII, o cravo começou a ser forçado a sair. Por volta de 1809, a empresa Kirkman produziu seu último cravo. O iniciador do renascimento do instrumento foi A. Dolmech. Ele construiu seu primeiro cravo em 1896 em Londres e logo abriu oficinas em Boston, Paris, Heislemere.

O lançamento de cravos também foi estabelecido pelas firmas parisienses Pleyel e Erard. Pleyel começou a produzir um modelo de cravo com armação de metal carregando cordas grossas e esticadas; Wanda Landowska treinou toda uma geração de cravistas neste tipo de instrumento. Os artesãos de Boston Frank Hubbard e William Dyde foram os primeiros a copiar cravos antigos.

Dispositivo

Tem a forma de um triângulo oblongo. Suas cordas são dispostas horizontalmente, paralelas às teclas.

No final de cada tecla há um empurrador (ou jumper). Na extremidade superior do empurrador há uma langetta na qual uma palheta (língua) de uma caneta é fixada (em muitos instrumentos modernos- de plástico), logo acima da palheta - um amortecedor de feltro ou couro macio. Quando a tecla é pressionada, o empurrador sobe, a palheta dedilha a corda. Se a chave for solta, o mecanismo de liberação permitirá que a palheta retorne ao seu lugar sob a corda sem ter que puxar a corda novamente. A vibração da corda é amortecida por um amortecedor.

Para registro, ou seja, mudanças na força e no timbre do som, interruptores de mão e pedal são usados. Não é possível aumentar e diminuir suavemente o volume no cravo. No século XV, o alcance do cravo era de 3 oitavas (faltavam algumas notas cromáticas na oitava inferior); no século XVI expandiu-se para 4 oitavas (C - c"`), no século XVIII para 5 oitavas (F` - f"`).

Um típico cravo alemão ou holandês do século XVIII possui 2 manuais (teclados), 2 conjuntos de cordas de 8' e um conjunto de cordas de 4' (soando uma oitava acima), que podem ser usados individualmente ou em conjunto, bem como um mecanismo de cópula manual . Deslocadores de pé e joelho apareceram no final da década de 1750. A maioria dos instrumentos tem um assim chamado. o registro do alaúde de um timbre nasal característico (para obtê-lo, as cordas são levemente abafadas por protuberâncias de couro ou feltro por meio de um mecanismo especial).

Compositores que compuseram música para cravo

François Couperin, o Grande
Louis Couperin
Louis Marchand
Jean-Philippe Rameau
Johann Sebastian Bach
Johann Pachelbel
Dietrich Buxtehude
Girolamo Frescobaldi
Johann Jakob Froberger
Georg Friedrich Handel
William Bird
Henry Purcell
Johann Adam Reinecke
Domenico Scarlatti
Alessandro Scarlatti
Matthias Weckman
Domenico Zipoli